Artigo na Revista Sábado sobre a dieta dos 31 días, de Ágata Roquette
Nos últimos tempos têm surgido várias dietas baseadas em proteína e gordura, como a Atkins e a de Ágata Roquette, que tem tido um sucesso estrondoso em Portugal. Estas dietas são super populares sobretudo porque se pode comer tudo o que se diz ser mau para saúde e emagrecer, e são baseadas em jargões científicos com muito pouco de científico. Vou tentar explicar (muito resumidamente) porque é que tudo isto é mau para si.
Quais os alimentos “permitidos” nesta dieta? Carne, salsichas, peixe, leite, lacticínios e óleo. Se tiver sede, beba uma Coca-Cola light por dia. Apetece-lhe um docinho? Coma gelatina. Fruta à noite? Nem pensar, é melhor comer umas salsichas, fiambre e um o resto do frango assado do jantar. E a sopa “é triste”, por isso o melhor é não comer. Todos os hidratos de carbono são diabolizados – saem de cena todas as leguminosas, arroz e massa. Sopa, abóbora e cenoura cozida são os piores inimigos. E ainda tem direito a um dia de “folga” que se chama “dia da asneira”, que é um dia em que pode comer tudo o que quiser. Se for vegetariano, vai ser difícil emagrecer porque vai estar sempre com fome.
Enfim, um parágrafo basta para se perceber que, nutricionalmente, tudo isto tem pouca consistência.
Contudo, as pessoas emagrecem, é um facto. Porque é que emagrecem? Primeiro porque deixam de comer hidratos de carbono. Se comer arroz, massa e pão todos os dias e deixar de comer, vai emagrecer. Não há mistério. Segundo porque é uma dieta diurética (de uma forma pouco positiva): os rins trabalham duas vezes mais para conseguir desfazer a proteína e livrar-se de toneladas de ureia tóxica. Emagrece-se porque se perde muita água, logo, perde-se volume.
A CARNE, O PEIXE E OS OVOS
Lembrem-se que 75% das doenças da sociedade ocidental estão directamente ligadas ao excessivo consumo de carne. Não há nenhum alimento que tenha tantos medicamentos, homonas e químicos como a carne. As meninas entram mais cedo na puberdade graças à quantidade brutal de hormonas presente na carne (que fazem crescer os animais mais rápido). Os antibióticos, provenientes das rações químicas, causam resistência bacteriana. Contêm vacinas, resíduos de pesticidas, drogas alopáticas variadas, e outros remédios e pesticidas que se encontram na ração e/ou na erva.
Nutricionalmente, a carne tem gordura saturada em excesso, que provoca colesterol, ácido úrico, toxinas, nitritos e nitratos, sulfato de sódio (para lhe dar um ar saudável e vermelho), salitre (para conservar), adrenalina (imaginem o stress a que estão sujeitos os animais a vida inteira), bactérias, etc.
Mas os peixes não estão livres de todos os males da criação de gado, muito pelo contrário. As águas estão contaminadas e a maior parte do peixe contém arsénio, uma substância venenosa.
Já para não falar da forma pouco ética como são tratados, alimentados e mortos todos estes animais.
Os ovos, se não forem os biológicos do vizinho da frente, de galinhas que estão ao livre, vêm de galinhas doentes de aviário. E têm todos os problemas associados à carne (assim como uma mãe doente passa as suas doenças para o seu feto).
Biologicamente, o nosso organismo não está preparado para digerir a carne: não temos caninos afiados, temos muitos molares (para moer cereais) e o nosso intestino é longo de mais para digerir a carne com facilidade – fica a apodrecer, criando ninhos de bactérias nocivas dentro do intestino, gera gases, toxinas e provoca alterações na fabricação de enzimas.
LEITE E LACTICÍNIOS
Já está provado cientificamente que os lacticínios são prejudiciais para a saúde (mas não foi o conselho científico da Mimosa que fez estes testes, e que afirma que se deve beber um copo de leite por dia para combater a osteoporose…). Somos os únicos animais que bebem leite depois do período de amamentação. E somos os únicos animais que bebem leite de uma outra espécie. Porque não bebemos leite de zebra ou de gorila e bebemos de vaca? Não é porque é mais saudável, mas simplesmente porque a vaca é inofensiva e porque produz imenso leite, mais do que todos os outros animais.
O leite materno (de todos os mamíferos) serve para alimentar e fazer crescer um bebé. É um alimento riquíssimo e cheio de gordura, que transforma um bebé humano de 3 Kg num bebé de 10 kg num perído curtíssimo de tempo. Para as vacas é igual: um vitelo de 40kg transforma-se num de 900 kg em 2 anos. As vacas são um bocadinho maiores do que nós, os seus corpos funcionam de maneira diferente, e o seu leite tem uma função que, para nós, não é necessária (acho que niguém quer chegar aos 900kg, certo?)
Os mamíferos precisam da enzima lactase para digerir a lactose (que é o açúcar dos lacticínios). Entre os 18 meses e os 4 anos, perdemos 90 a 95% dessa enzima (porque o nosso corpo não precisa mais de leite). Ao continuarmos a beber leite, a lactose e a natureza ácida do leite pasteurizado encoraja o crescimento de bactérias no nosso intestino (por isso é que muitas pessoas dizem que o leite lhes “cai mal”) e potencia várias doenças do foro digestivo.
Quantas vezes já não ouvimos que precisamos de leite para crescermos? Que, se não bebermos leite, os nossos ossos se vão partir em pedacinhos? Que o leite tem cálcio? A verdade é que os investigadores de Harvard, Yale, Penn State e do National Institute of Health têm feito vários estudos sobre o leite e a osteoporose, e nenhum deles encontrou uma ligação. Pelo contrário: o estudo do National Dairy Council revelou que os países com a taxa mais alta de osteoporose são aqueles que bebem mais leite e consomem mais produtos de origem animal. O consumo excessivo de proteína animal leva a uma diminuição da absorção do cálcio.
Os lacticínios estão ligados a vários problemas como acne, anemia, ansiedade, artrite, deficit de atenção, fibromialgia, síndrome do intestino irritável, problemas das articulações, osteoporose (sim!), alergias, cólicas, doenças do coração, autismo, doença de Crohn, cancro da mama e da próstata, entre outros. O leite pode bloquear a absorção de ferro, criando anemias.
Para além disso, ao beber leite está a beber todos os antibióticos, pesticidas, esteróides e hormonas que a indústria pecuária injecta nas vacas. Normalmente, uma vaca consegue produzir 4,5 Litros de leite por dia. Os pecuários conseguem que elas produzam centenas de Litros por dia!
Então, onde consigo encontrar os minerais presentes no leite? O manganésio, crómio, selénio e magnésio, nas frutas e vegetais. E sem químicos!
E o cálcio? Nos grãos, couve galega, vegetais com folhas verdes (quanto mais verde escuro, melhor), couve, algas, agrião, grão-de-bico, brócolos, feijão, feijão de soja, tofu, sementes e frutos secos. Simples, não?
E os iogurtes e leites sem lactose são bons? Não. A lactose é “retirada” quimicamente. Todos os outros problemas que o leite provoca continuam lá. Se quer continuar a comer iogurtes, prefira vegetais, se possível sem açúcar, se possível biológicos.
Então e o L-casei imunitass e o Actimel e os bifidus e o Activia que me faz desinchar a barriga? Todos os produtos fermentados, como os iogurtes, têm bactérias boas, incluindo os iogurtes vegetais mas também o miso, o tofu, o tempeh, o molho de soja, o tamari, o kefir de soja, a chucrute, entre outros.
A COCA-COLA LIGHT E OS ADOÇANTES
A Coca-Cola Light (ou Zero) é um verdadeiro veneno. O aspartame, usado para adoçar refrigerantes, é um químico inventado nos anos 60 e, desde então, infiltrou-se em todos os produtos presentes na nossa vida. O aspartame é uma neurotoxina, ou seja, uma droga que destrói o sistema nervoso e o cérebro É composta por ácido aspártico, fenilalanina e metanol. Já se comprovou que o ácido aspártico causa lesões cerebrais. A fenilalanina existente no aspartame é neurotóxica, quando isolada dos outros aminoácidos das proteínas. Facilita a ocorrência de ataques epiléticos e bloqueia a produção de serotonina, que é uma das substâncias existentes no cérebro para regular o sono. Níveis baixos de serotonina, além de insónia, provocam depressão, angústia, mau humor e até sintomas de paranóia. O aspartamente contém 10% de methanol, também conhecido como álcool de madeira. O metanol é libertado aos poucos no intestino delgado, e transforma-se em ácido fórmico e formaldeide, que é uma neurotoxina mortal que fica armazenada no tecido adiposo, principalmente nos quadris e coxas, é usado para embalsamar cadáveres e é um violento cancerígeno.
Os pesquisadores do EPA (Environmental Protection Agency) recomendam um limite máximo de consume de 7,8mg/dia. Uma garrafa de 1 litro de Coca-Cola Light tem 56mg de metanol.
Há 92 sintomas documentados de doenças e sintomas provocados por estes produtos, entre os quais encontramos: dores de cabeça ganho de peso, alterações no nível de cholesterol, alterações na pressão sanguínea, urticarial, dormência, fadiga, xeroftalmia (olhos secos), dificuldade de salivação, irritabilidade, ansiedade, depressão, tonturas, vertigens, espasmos musculares, ataques epiléticos, taquicardia, perda de audição, cegueira, entre outros. E estes são os sintomas “oficiais”. Muitos cientistas garantem, em estudos recentes, que o aspartame provoca tumores no cérebro, seios, útero e pancreas (cancro), esclerose múltipla, epilepsia, fibromyalgia, disfunção da tiróide, Parkinson, Alzheimer, retardamento mental, linfoma, defeitos no feto, lupus sistémico, diabetes, entre outros.
Um dos efeitos mais sarcásticos, embora não mortal, é o ganho de peso. Na sua ação sobre o cérebro, o aspartame faz com que a pessoa sinta mais desejo de comer hidratos de carbono, farinhas, açúcares, amido, etc. Forma-se um círculo vicioso: come-se aspartame para emagrecer, mas passa-se a ingerir mais hidratos de carbono, e, então, engorda-se.
Uma sopa triste e perigosa 😉
CONCLUSÃO
Basear uma dieta em proteina animal, gordura e Coca-Cola não pode ser bom. Quer perder peso? Faça refeições equilibradas, coma muitos legumes e fruta (os legumes e a fruta são maioritariamente compostos por água e estão carregados de vitaminas); coma tofu, soja e seitan, que não têm gordura e têm muitas proteínas; frutos secos (sem serem fritos) e sementes, que têm gorduras boas, milhares de nutrientes e minerais (incluindo ómega 3), e faça desporto, caminhe, nade, enfim, mexa-se. E convença-se de que ser pouco saudável não compensa uns kilos a menos.
É, no mínimo, pouco responsável propôr emagrecer assim.
Tenha uma alimentação saudável e um bom dia!
Créditos – as fotografias de animais foram retiradas de sites de santuários nos Estados Unidos. A foto da sopa é do site 101 Cookbooks.
Algumas referências interessantes: Bibliografia: POLLAN, Michael 2008 Em Defesa da Comida: Um Manifesto, Ed. Intrínseca
Sitografia: Estudo das Nações Unidas “Priority Products and Materials” http://www.uneptie.org/shared/publications/pdf/WEBx0165xPA-PriorityProductsAndMaterials_Summary_EN.pdf
“Aspartame: by far the most dangerous added to most foods today” http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/11/06/aspartame-most-dangerous-substance-added-to-food.aspx
“Aspartame: o veneno do século” http://freepages.misc.rootsweb.ancestry.com/~otranto/saude/aspartame.htm
Olá Maria! Gostei muito do artigo, da forma como expões os factos, só acho que fazem falta alguns links para corroborar os factos. É que é isso mesmo, trata-se de factos cientificamente estudados que deitam por terra crenças de toda uma vida (como a história do leite) e que são difíceis de aceitar para não veganos ou omnívoros mais sensíveis para a questão da alimentação saudável. Há muita gente que acha tudo isto “paleio de fundamentalistas” (atenção, eu concordo com tudo o que dizes, mas, pela minha experiência, há pessoas que só lá vão com links para sites “credenciados”). Daí achar, e fica a humilde sugestão, que, quando tiveres tempo, podias incluir alguns links só para reforçar a ideia. Porque a forma como estruturas o texto e como escreves estão muito boa e é de partilhar! Em relação a esta dieta, no outro dia ouvi falar da dieta dos 3 passos, que parece que está a ser seguida por imensa gente (não percebo se é a mesma da Ágata Roquete) que tem muita base também a ingestão de proteínas, zero fruta e saladinha com delícias do mar (oi? há lá coisa mais artificial?). O primeiro erro é mandarem beber um copo grande de leite ao pequeno-almoço e, daí até ao almoço, só um café. Toxinas até mais não, enquanto a pessoa morre de fome até ao almoço, onde só pode comer um bifinho de peru com saladinha (vá lá) de alface, pepino e… ai, delícias do mar. A pessoa de quem li isto, num outro blog, confessava que ao fim do dia tinha ataques de gula. Pudera. Passa o dia sem comer hidratos de carbono e a enfrascar-se de proteína animal, chega à noite sem energia, claro! É triste como é que as pessoas ainda vão nestas balelas e não se procuram informar um pouco mais. Não pode comer fruta? Como? Ai engorda? Mas a coca-cola light não? A ignorância é tanta que dá vontade de rir. E os verdes, senhor, onde estão os verdes? E o exercício? Custa, né? Por isso é que é importante haver pessoas como tu que expõem os factos como eles são e fornecem informações verdadeiras! (ups, acho que me alonguei, sorry…)
Olá Maria só agora tive conhecimento deste artigo e vou dizer que concordo plenamente com a sua opiniao. Nas férias de verão a minha tia emprestou-me o livro da Agata Roquete, tamanha era a minha curiosidade devido aos programas televisivos, o esgotar do livro em qualquer livraria ou supermercado que eu passa.se que eu vi nos ultimos tempos. E lancei.me no desafio de tentar cumprir durante o verão a dieta proposta. Porque é que me propus? Bem eu peso 60 kgs para o meu 1,66 m e gostaria de “secar” um bocadinho mais (tipo perder 5 kgs) e sei pelo meu conhecimento geral que quando se pretende secar e ter mais definição a proteina é o melhor (vejo pelos atletas de alta competiçao). Quero salientar que a uns anos atrás desde que vi o documentário Food Inc que desenvolvi uma aversão a carnes, não fui radical ao ponto de me tornar vegetariana mas tentei reduzir o maximo possivel o consumo de carne vermelha (hoje praticamente não como) e a carne que como tento que seja de proveniencia mais natural e local possivel. Bem ao fim de uma semana com a dieta dos 31 dias estava a subir pelas paredes, não só sofri um choque hepático que o meu médico mandou-me parar logo com o que andava a fazer como TODOS os dias em que fiz tinha um desejo enorme de comer fruta (só fiz a dieta 7 dias), mas passava por uma peça de fruta e quase chorava de saudades! Não sei se é do facto de eu comer umas 3 peças de fruta por dia desde que me lembro ou se era mesmo falta de acuçar (ah além disso sou hipotensa, não sei se conta tb) Por ultimo outra particularidade, foi que no curto periodo que fiz a dieta, apesar de comer carne ou peixe a noite nunca me sentia satisfeita…e desde da minha adolescencia sempre comi SOPA + IOGURTE E FRUTA á noite (á anos que faço isto, não sei se é correto mas é como me sinto bem) e sinto.me muito mais saciada com esta opção. Cmpts
Há já algum tempo que não lia um texto bem construído, bem argumentado, bem informativo e bem ” isento” de patrocínios alimentares ou similares. Finalmente uma visão racional, objetiva e sensata da alimentação de todos os dias. Ser-se saudável poderá ser algo ao alcance de muitas pessoas e não implicará despesas extra.
O problema destas dietas é que apela ao que as pessoas querem ouvir: perder peso rápido, comer coisas como fiambre, salsichas e outros absurdos proteicos em vez de legumes, que sabem mal e dão muito trabalho a preparar (abrir uma lata de salsichas é tão mais fácil). Só que se esquecem que passados uns meses lá voltam os quilos todos, pois claro, o corpo andou a passar fome e mal nutrido todo aquele tempo. Vi muitas vezes isso, no meu anterior emprego contactei com uma empresa que faz esse tipo de dietas e era ver as pessoas a emagrecer e a voltar lá no ano seguinte com o mesmo peso ou mais. E era ouvir as queixas: “Ai eu passo fome, mas tenho de perder mais 5 quilos, ainda não estou no peso certo” “Já estou farta de comer sopa de alface, apetecia-me mesmo umas batatas, mas não posso” ou “Ando cansada, não sei o que se passa!” É tudo uma ilusão e as pessoas caem na esparrela. As consultas são baratas mas depois têm de levar os “alimentos” da marca destinados a ajudar na perda de peso (gelatinas, bolachas e barras super calóricas para – que ridículo – substituir refeições), caixas de vitaminas e depurantes hepáticos e a coisa fica estupidamente cara. Quando o que bastava eram irem ao mercado, comprar legumes e fruta e ter uma alimentação verdadeiramente equilibrada, como dizes!
Excelente texto, toca na ferida e é extremamente informativo, pode ser que se faça luz na cabeça de muita gente 🙂
Olá, Maria. Chego através do Not Guilty Pleasure e gostei muito deste artigo. Concordo plenamente. Nada melhor do que uma alimentação variada, com ênfase nos produtos de origem vegetal e de preferência biológicos.
Só queria acrescentar mais umas “coisas”: a alimentação verdadeiramente equilibrada é a mais natural possível, ou seja, a que a natureza nos fornece e sem muitos “preparos”. O ideal mesmo, é comer mais nutrientes por caloria, do que calorias sem nutrientes.
Não que eu siga à risca (é difícil mudar toda a minha “cultura” da alimentação), mas acredito profundamente que a maioria das nossa práticas estão erradas e não nos trazem saúde, antes pelo contrário.
Um exemplo disto:
As pessoas consomem entre 400 a 800 calorias por dia apenas em óleo/azeite. Os óleos não são alimentos ricos em nutrientes, uma vez que quando se extrai o óleo do alimento inteiro que a natureza nos fornece, perde-se a maioria dos nutrientes, ficando apenas com a pior parte. Nozes e sementes são alimentos extremamente ricos em nutrientes, não o seu óleo. (Qdo for temperar uma salada ou mesmo cozinhar, experimente triturar com algumas gotas de limão ou outro, nozes e sementes ricas em óleo, em vez de usar apenas o óleo delas). Podemos fazer excelentes molhos para saladas sem calorias vazias (sem nutrientes nenhuns).
“A alimentação teria que estar de acordo com a fisionomia humana; ao estudarmos os gorilas na selva, verificamos que o seu material genético assim como o seu aparelho digestivo são muito semelhantes ao nosso; por isso é inteligente olharmos a sua alimentação; uma alimentação baseada em frutas, folhas, raízes e sementes.”
Não deixo fontes, porque são extratos de muitos textos que li e que me fazem todo o sentido, mas se quiserem verificar, basta fazer uma pesquisa na net sobre o assunto. Há alguns anos que tenho vindo a ler muito sobre o assunto “alimentação”. Tive necessidade disto, porque queria que a minha escolha/objectivo (o veganismo) estivesse tb baseado em factos sobre a saúde, os mais verdadeiros e actuais possíveis.
Bem, as “coisas que eu queria “dizer”, quase que deram um livro, eheheheh.
Olá, Maria! Não conhecia o seu blog e adorei este artigo! Chamou-me à atenção o título, uma vez que eu própria experimentei uma das “dietas da moda”, a da nutricionista Ágata Roquette, que não me satisfez de forma alguma. Num mês e meio perdi 3 kg, algum volume e nada mais. Por ser uma dieta diurética, passava o dia a caminho da casa de banho. O humor alterou-se drasticamente, ninguém me podia aturar! A energia esgotou-se. A coca-cola light de vez em quando, transformou-se em celulite nas coxas… Um desastre. Sempre manifestei a vontade de me tornar vegan. Por mais que me dissessem “olha que esse tipo de alimentação tem pouco isto e pouco aquilo”, sempre achei uma forma de estar na vida bastante equilibrada e inteligente. Acho que o difícil é começar, ganhar juízo e pôr na cabeça que queremos mesmo fazer isto. A preguiça pode ser um aliado para nos desmotivar, mas talvez uma ajudinha de alguém que tem este estilo de vida seja bastante preciosa. Tem alguns conselhos para uma miúda que pensa seriamente em juntar-se aos vegans deste mundo? 🙂
Olá Margarida, Muito obrigada pela partilha! Ser vegano é bastante mais simples do que nos querem levar a crer, e não tem “pouco disto nem daquilo”, tem tudo o que é necessário e ainda mais. As razões que levam uma pessoa a tornar-se vegana são várias, mas são sempre mais importantes do que a preguiça 😉 E, na verdade, é exactamente porque sei que dá a preguiça a toda a gente que este blog tem receitas que se fazem super rápido e sem grandes complicações. De qualquer maneira há imensa comida pronta e opções variadas em todos os super/hipermercados e lojas de produtos naturais, para quando a preguiça ataca. Por favor exponha-me as suas dúvidas e diga-me como a posso ajudar para thelovefood@hotmail.com. Terei todo o prazer em aconselhá-la! Um abração,
Concordo com o ridículo da dieta, e o artigo está fantástico. No entanto, com todo o respeito, gostava de fazer uma pergunta sobre alho que não consigo perceber: somos os únicos seres a fazerem necessidades em sanitas, a praticar desporto, a ir ao ginásio, estudar nutrição, comer em pratos, equilibrar o prato, fazer lanches, cozinhar, lavar os dentes, usar roupas, ir ao médico, fazer exames, tentar melhorar a saúde, receber cuidados médicos especializados, tomar medicamentos, somos dos poucos que andam a pé, que tentam manter postura correta, tentam viver de forma saudável, que se preocupam com vitaminas e minerais, dos poucos que têm uma longevidade relativamente grande e problemas associados, que têm cuidados higiénicos com os alimentos, que se lavam diariamente com produtos específicos, que cortam unhas e cabelo, que vivem em casas, etc (a lista é longa). Tenho a certeza que não anda nua, que toma banho e cumpre a lista de coisas que mencionei, mas não podemos tomar leite ‘porque os animais não tomam’? Analisando este argumento sem considerar estudos que provam malefícios do leite, é bastante infantil e insuficiente. Os animais não estão preocupados com osteoporose (repito, não considernado estudos que questionam o leite), vitaminas e minerais – por isso é que nós somos os animais racionais. Para além disso, os animais COMEM CARNE. Se queremos ser como os animais, respeitar a ordem da natureza, não beber leite em adulto porque não é natural, devíamos comer aquilo que estamos naturalmente programados para comer – isto inclui carne (e até comida crua). Não digo que seja natural injetar hormonas e outras substâncias na carne/leite ou fazer criações de animais, mas será natural deixar de comer carne? Não me parece. A questão não é só o errado dos aviários ou o leite ser artificial (não nego que seja mau para a saúde comer/beber alimentos não biológicos e com imensas substâncias), a questão também é contrariar a nossa natureza, o que é um argumento frequente na questão do leite, mas também se alarga ao veganismo. Não considero um bom argumento o nosso organismo não digerir bem a carne – sempre, deste os primórdios da humanidade, comemos carne, sempre fomos para isso biologicamente programados. Levantam-se problemas éticos, é verdade, mas também há falhas na teoria dos vegans. Não podemos, também, ignorar que, se carne e leite possuem hormonas e substâncias prejudiciais, a soja é frequentemente geneticamente modificada, e possui também hormonas. Sim, é cruel manter animais em cativeiro. Sim, é cruel comer carne de animais. Não é cruel deixar crianças e adultos morrerem à fome em África enquanto gastamos 3x o valor usual de um alimento para que seja biológico?Enquanto a população cresce, não será cruel gastar o triplo do espaço que seria, com métodos tradicionais, necessário, para agricultura biológica? Não será um capricho a alimentação vegan, de certa forma? Não pretendo criticar o vosso estilo de vida, é uma opção, mas uma vida saudável passa por comer um pouco de tudo. Aceito, por exemplo, o caso do aspartame, que dexei de consumir, que não é necessário à alimentação e que nunca foi consumido senão nos últimos anos. Não estou a contrariar: eu própria bebo leite de soja, mas é este menos processado e mais natural do que o de vaca? Não teria tanta certeza… É uma coisa concebida pelo ser humano e não pela Natureza! Espero não ofender. Apenas quero conseguir compreender melhor o estilo de vida e as ideias das pessoas vegan, as crenças e ideias, e gostaria para isso de perceber as ideias quanto a isto tudo, os contraargumentos em que não consigo pensar.
Muito obrigada pelo seu comentário. Creio que há muitas confusões naquilo que escreve e vou tentar esclarecê-las da maneira mais simples possível. Como a resposta é longa e o blogger não permite comentários tão longos, vou ter de dividir em vários pontos.
Antes de mais devo dizer-lhe que a divisão que refere entre animais racionais e irracionais é uma divisão que não existe. Os vários estudos recentes, nomeadamente do investigador português António Damásio, provam que os animais que os humanos dizem ser “irracionais” não o são. Os animais têm organizações complexas, criam sociedades, têm linguagem/comunicação, inteligência e consciência. Não respondem apenas por instinto mas refletem e analisam os problemas e tentam resolvê-los. Logo, não podem ser irracionais. Pensar que somos animais superiores porque vamos ao ginásio e bebemos o leite que os animais geram para alimentar as suas crias (e porque estamos preocupados com a osteoporose) não me parece certo. Já que somos tão “avançados” só podemos ter a obrigação de fazer as melhores escolhas, que são aquelas que prejudicam o mínimo possível todos os outros, desta ou de outras espécies, e do lugar onde vivemos. Analisando o estado do planeta e as suas causas, e conhecendo muitas das soluções, com esta inteligência e desenvoltura que temos, só podemos optar pelas melhores soluções para a nossa vida.
Em primeiro lugar, seria, talvez, infantil e insuficiente se eu tivesse dito apenas que não devemos beber leite porque os outros mamíferos (como nós) não bebem. Contudo, a questão não é só essa, e eu considero estudos que provam os malefícios do leite e que são vários, nomeadamente das melhores universidades dos Estados Unidos. Há vários estudos (nomeadamente da Universidade de Harvard) que demonstram a ligação do leite à osteoporose e vão mais longe: afirmam que o consumo de proteína animal é um dos responsáveis pela osteoporose, e que a solução não é beber proteína animal, mas evitar proteína animal. Os estudos mais fáceis de encontrar são aqueles promovidos pela indústria dos lacticínios, o que é bem redutor. Apesar disso, o National Dairy Council (referido acima), que é o “Instituto dos Lacticínios” dos EUA publicou há poucos anos o relatório (que eu refiro acima) que revela que os países com o maior índice de osteoporose são aqueles que consomem mais leite e lacticínios. Para além disso refiro a nossa natural intolerância à lactose (favor rever texto acima), e é nesse momento que nos comparo aos outros mamíferos, que funcionam, nesse campo, da mesma maneira do que nós. (continua)
Em relação aos animais comerem carne, logo, nós temos de comer carne, é uma generalização um pouco absurda. Na verdade, se seguisse essa lógica, a maior parte dos mamíferos como nós são herbívoros. Note que eu não digo que devemos ser como os animais, como afirma no seu comentário, logo não digo que devemos pastar ou apanhar insectos esvoaçantes. O que estamos “naturalmente” programados para comer são sementes, grãos, frutas e legumes. Foi o que comemos durante milhares de anos até chegar uma imensa seca e nos vermos obrigados a matar animais para comer. Ao analisarmos o nosso corpo e ao compararmos com o de animais carnívoros, podemos verificar que são substancialmente diferentes, como refiro no artigo acima.
E agora poderia ser a minha vez de lhe perguntar em que estudo é que se apoia para dizer que “devemos comer aquilo que estamos naturalmente programados para comer” e “isto inclui carne”? Quem é que afirmou, com bases científicas, que isso é que é “natural” e que, não comer, é “contrariar a nossa natureza”? Quando, biologicamente, o nosso corpo (e basta ver os nossos dentes, já nem é preciso ir mais longe) não está preparado para digerir a carne. Mesmo que nem se considere esse facto, basta pensar que, como referiu e bem, somos animais com consciência, e que podemos escolher aquilo que fazemos e aquilo que comemos, sendo que, em princípio, haveremos de escolher o que será melhor para nós e, por consequência, para os outros. Para que havemos de matar milhões de criaturas por dia para nos alimentarmos se não temos necessidade disso e se temos inteligência para escolhermos uma alimentação mais completa, diversificada e sustentável?
Não há teorias ou crenças veganas. Afirmar que “há falhas na teoria” não é razoável. Não é uma seita ou religião de fundamentalistas, como se tenta querer parecer. Um vegano é alguém que se preocupa em viver com consciência, causando o mínimo estrago possível. Faz escolhas conscientes e informadas, e são escolhas que afectam milhares de seres, humanos ou não humanos. Para além disso preocupa-se com a sua saúde, e aí posso referir-lhe vários estudos que referem que os veganos e os vegetarianos vivem mais tempo e são mais saudáveis (por exemplo, pode ler este estudo da Jama Internal Medicine: http://archinte.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1691919) do que as pessoas que comem carne (estudo da Life Science: http://www.livescience.com/18996-red-meat-premature-death.html). (continua)
Se pensa que é cruel deixar crianças e adultos morrerem à fome em África para comermos produtos biológicos (e aqui, diria eu, é um argumento infantil e insuficiente), poderia dizer-lhe que cruel é plantar milhões de hectares de campos de cereais para consumo animal (para rações). Os cereais plantados no mundo para consumo animal poderiam servir para alimentar 800 milhões de pessoas, se não fossem para a indústria agro-pecuária. Acabaria com a fome no mundo. Creio que é muito mais cruel do que preferir alimentos sem pesticidas e químicos, que não desgastam o solo e que usam um sistema baseado na sustentabilidade. E não se gasta o triplo do espaço para cultivar produtos de agricultura biológica, o espaço é o mesmo. Tendo em conta que se está a destruir, por exemplo, a floresta amazónica para se criar gado, que se destroem florestas inteiras para a agro-pecuária, não creio que o problema da agricultura biológica seja um problema de espaço. Há muito espaço, o problema é que está praticamente todo a ser consumido pela indústria mais poluente de sempre: a agro-pecuária.
A maior parte da soja é OGM, mas a maior parte da soja (mais de 90%) é para consumo animal, não para consumo humano. O leite de soja e os produtos com soja, ou o leite de amêndoas ou de outros grãos já são consumido pelos humanos há muito tempo. É uma invenção humana, como diz, mas não é menos natural por isso ou deverá ser rejeitada por esse facto. Repare que eu nunca digo que devemos ser como os animais, “respeitar a ordem da natureza” ou que devemos boicotar as invenções da espécie humana. E, na verdade não é sequer um leite, por isso é que se chama “bebida vegetal”. “Leite” é uma forma mais abrangente e reconhecível de o chamar, para se enquadrar nos nossos hábitos e linguagem.
Creio que um capricho é, depois de tantos dados, depois de tantos estudos lançados, comer-se carne e peixe. Quando já a própria FAO e as Nações Unidas vieram alertar para o facto de ser absolutamente insustentável apoiarmos a nossa alimentação na indústria agro-pecuária, e que, para que possamos viver de forma sustentável a única opção é tornarmo-nos veganos (veja o artigo da UN que está nas referencias bibliográficas). Capricho é ter informação em frente dos olhos e virar a cara e manter os mesmos hábitos.
Uma vida saudável passa por muitas coisas. Um vegano não é necessariamente saudável. Se eu quiser posso comer batatas fritas o dia inteiro: sou vegana, mas não sou saudável. Uma vida saudável passa por comer um pouco de tudo, concordo, mas de forma consciente, ética e sustentável.
Espero não a ter ofendido com a minha resposta e que a minha mensagem seja útil para que possa compreender a dimensão da questão.
Obrigada pelo esclarecimento! Só quero mencionar que quando disse “teoria vegana” não me referia a uma ‘seita’, só ao modo de pensar e à filosofia, com a qual concordo em parte. Gostaria, no entanto, de fazer ua questão: as marcas de soja disponíveis nos hipermercados são seguras quanto a OGM?
De nada! Lamento o tamanho da resposta, mas havia tanto a dizer! Em relação aos OGM, a UE não tem nenhuma certificação. No Brasil, por exemplo, já há um selo para produtos com e sem OGM, o que é óptimo. Aqui as empresas mais “conscientes” referem nas suas embalagens se o produto é feito com ou sem OGM, inclusive os produtos com soja (no leite de soja vendido nos supermercados, por exemplo, encontra alguns que indicam não ser OGM). Se for biológico não é OGM de certeza, mesmo que não tenha nenhuma indicação. De qualquer maneira o maior problema é mesmo o milho, que se “infiltra” em todos os produtos do supermercado e que, na sua maioria, é OGM. Vem em várias formas, mas, sobretudo, em forma de xarope (corn syrup) e está presente nos cereais matinais, bolachas, comida pronta, etc. É quase 100% vindo de culturas trangénicas. Esperemos que, em breve, haja um selo que certifique todos esses produtos!
clap clap clap! (isto sou eu a bater palmas!) Apetece-me copiar o teu post e dá-lo a ler ao meu treinador do ginásio. Coitado, ele está cheio de boas intenções a aconselhar-me a jantar, em vez de só sopa e fruta, que supostamente me vai comer os músculos ou lá o que é, queijos frescos e fiambre, e a comer mais carne (não sou vegetariana, mas comemos muito pouca carne e peixe) para conseguir perder peso mais depressa e ganhar músculo com mais facilidade (peso 59.5kg para 1.55, mas, apesar do excesso de peso, as minhas análises ao sangue estão sempre excepcionais) Fica todo espantado quando lhe digo que não como lacticinios… Gostei muito de uma das tuas últimas frases, também eu estou sempre a dizer que prefiro ser saudável a magra. É tão dificil encontrar pessoas que partilhem esta opinião que quando ouço ou leio coisas deste género é como uma lufada de ar fresco. Obrigada pelo teu texto, vou tomar a liberdade de partilhar no facebook do meu blogue 🙂 Beijinhos
Obrigada, Anouska! Eu confesso que gosto bastante de jantar. Prefiro jantar a almoçar, mas isso são hábitos que se vão adquirindo conjugados ao estilo de vida que temos. Como só tenho hipótese de cozinhar ao jantar, é aí que eu me vingo;) E eu também vou ao ginásio (quase todos os dias, diga-se) e tenho mais massa muscular do que muita gente que “malha” e come carne. Não é preciso carne para se ter massa muscular, e também não é preciso uma overdose de proteínas, como nos tentam impingir. Uma alimentação saudável aliada a um estilo de vida saudável dão sempre bons resultados. Muito obrigada pela partilha! Um abraço
Vim aqui parar por acaso e gostei bastante do seu texto. Não sou vegetariana, nem vegana, gosto bastante de comer carne, peixe mas também tofu e seitan. Se me tirarem a carne não é por aí que vou sofrer 🙂 Penso que aquilo de mais importante é mesmo o equilíbrio na alimentação, coma-se ou não carne, beba-se ou não leite. Eu bebo leite porque gosto, não porque sou obrigada. Experimentei bebida de soja durante um tempo razoável mas não era de todo o que eu mais gostava. Mas claro que não bebo logo um litro por dia. Bebo um copo porque efectivamente gosto do sabor. E para mim é perfeitamente possível ser-se saudável seguindo uma dieta omnívora, desde que haja equilíbrio na alimentação.
Um dos melhores artigos que li dos últimos tempos! Muitos parabéns! É sempre animador, quando encontramos alguém que partilha a mesma opinião que nós, e se sustenta em bases científicas válidas para o fazer. Muito obrigada pela partilha!!
Talvez não seja adequado este comentário, mas já que se fala no assunto, pode ser que alguém fique um pouco mais informado e queira assinar esta petição pelo fim da incineração de bezerros nos Açores:
Lacticínios para quem acha que não é uma indústria cruel e que não mata animais:
Ilha de São Miguel – Açores – vejam no link abaixo a explicação do secretário da agricultura que chama a morte e incineração de milhares de bezerros com 15 dias, de “medida económica”.
Os milhares de filhos desta indústria (os bezerros, entre 800 a 1000 por semana só no matadouro de Ponta Delgada, São Miguel, Açores, são excedentes a serem completamente incinerados e pagos á cabeça 75 euros ao lavrador para a carne no mercado não baixar de preço. Esta “medida” económica está “patente” (em vigor ) na indústria do leite (penso que a nível europeu) e podem comprovar aqui http://ww1.rtp.pt/acores/index.php?article=7048&visual=3&layout=10&tm=5 e na Estação Agrária de Ponta Delgada. A notícia tem cerca de 2 anos, mas tudo isto continua actualmente, tenho conhecimento, mas ninguém fala muito, claro. Tb tenho conhecimento de que a maneira como matam estes vitelos, é a pior, por serem muitos e não haver pessoal para o fazer dentro da lei.
Apesar de se pensar que estas vacas, são vacas “felizes”, (como muita gente gosta de dizer para acalmar a sua consciência) por viverem ao ar livre, não é bem assim (a maioria, actualmente começam já a existir vacas em estabulação, permanecem no mesmo lugar). Nunca têm a hipótese de se abrigarem de chuva e enormes ventos que se fazem sentir por cá. A maioria das vacas sofre mastites, o que para além de ser dolorosíssimo, se trata com antibióticos e outros medicamentos, resultado de tanta produção de leite e ordenha mecânica. É por isso que na legislação são permitidas até 500 milhões de células somáticas (células de pus) por litro.
São inseminadas continuamente (como as mulheres e todos os mamíferos, não têm leite se não tiverem filhos) e mesmo grávidas são ordenhadas (imaginem o leite com essas hormonas todas de gravidez). Dão -lhes um descanso de 1 mês por ano, mas porque assim garantem a produção.
Ora, mesmo nos Açores, que as pessoas acham que é tudo bom, elas comem pastos cheios de químicos sintéticos, rações de OGMs e ainda por cima, antibióticos.
Bom, esta é a prática no mundo “des-envolvido”. A dos subsídios e bezerros mortos e incinerados, os químicos sintéticos, as rações, e com o seu esgotamento ao fim de muito poucos anos, vão para abate. E esta é a carne que se come por cá e por muitos outros lugares onde existe esta indústria.
Muito obrigada pela partilha. A verdade é que isso passa-se no mundo inteiro, não apenas nos Açores. A única diferença reside, talvez, no facto das vacas açorianas ficarem ao ar livre, quando, na maioria das vezes, ficam confinadas em espaços contíguos a vida inteira, sem se poderem mexer. É uma indústria terrível e brutal…
Ola gostaria de saber se você não gostaria de fazer parceria com meu blog de receitas, desculpe nem me apresentei meu nome é Wagner Silirio da o meu blog é Churrasco e Cozinha , entre e faça uma visita e se lhe interessar vamos nos ajudar obrigado e fica com Deus.
Muito obrigada pela sua proposta, mas um blog de receitas veganas e um blog de churrasco não casam bem… Mesmo assim, agradeço o seu contacto. Felicidades!
Primeiro que tudo nunca tinha ouvido falar destas dietas, mas isso certamente será por me tentar manter distante de tudo o que é uma estratégia de marketing, apenas e que acaba só por trazer malefícios ao corpo humano. Acho isto totalmente ridículo e diria que qualquer ser humano que lesse alguma dieta deste género iria achar o mesmo. Infelizmente a propaganda e tudo o que está à sua volta acabam por ganhar, mas acho realmente que está na altura de as pessoas abrirem os olhos.
“Nem tanto ao mar..nem tanto à terra..” Concordo com muitas coisas que diz, mas também discordo com muitas delas. Sou, sem dúvida,apologista e pratico uma alimentação bastante equilibrada, para além de não descurar a prática regular de actividade física, a qual não considero menos importante do que uma alimentação equilibrada. Sendo uma pessoa que cresceu no meu rural, conheço muito bem a “ordem natural das coisas”. Há dados aqui que realmente correspondem à verdade, mas muitos deles não (como a produção média de leite, normalmente é bastante superior a isso, mesmo em produções consideradas “biológicas”). Para além disso, acho justo que, tendo falado de todos os pontos “negativos” da criação animal “não-natural”, acho que também deveria ter endereçado os mesmos pontos negativos relativamente à produção de legumes, e tudo o que isso implica aquando do seu consumo (relativamente à utilização de produtos químicos sintéticos, tais como certos fertilizantes e pesticidas).
Olá, Não conhecia o seu blog e vim cá parar por acaso. Gostei do que li porque me identifico com a sua perspetiva também. Contudo, há uma dúvida que já há muito tempo que tenho e está relacionada com os legumes e frutas. É certo que são os alimentos que devemos preferir, mas no caso de não ser possível produzi-los em casa, até que ponto estes serão saudáveis quando são vendidos no supermercado? Esta dúvida acentuou-se há umas semanas, quando vim viver para Inglaterra, e constatei que as maçãs aqui não têm cheiro, não têm sabor, têm imensa cor e duram praticamente um mês sem se estragarem. Quem diz maçãs, diz outra fruta ou legume qualquer. Até que ponto estes produtos não estão também “encharcados” de produtos químicos que podem levar a reações adversas? É que se o argumento para a rejeição da carne se baseia no facto de esta estar contaminada com produtos nocivos (que é um facto), também não deveremos dizer o mesmo das frutas e legumes? Não estou a querer contrariar o seu ponto de vista, porque como referi anteriormente, ambas estamos de acordo. Mas falta-me acertar esta ponta… Aguardo uma resposta, Rita.
Olá Rita, A questão que coloca é muito interessante. É um facto que os legumes e a fruta estão carregados de pesticidas, e, eventualmente, alguns serão geneticamente modificados. O aspecto “plástico” e a falta de sabor da fruta e dos legumes sente-se sobretudo em países que têm um mau clima para a agricultura. Contudo, de todos os pesticidas, químicos, medicamentos, etc usados no mundo, 99% vão para a pecuária. Os pesticidas, adubos químicos, etc usados nos legumes e fruta podem ser prejudiciais, mas ficam à superfície. Quanto mais fina for a casca mais se impregnam, por isso é que os frutos de casca fina ou que se comem sem a casca são os mais perigosos, como mirtilos, morangos ou pêssegos. Ao retirar a casca está a evitar a grande maioria ou a totalidade destes químicos. O ideal é mesmo comer biológico, Pode ser um pouco mais caro, mas é, definitivamente, um investimento fundamental. Com a carne ou o peixe (sobretudo a carne) é impossível evitar todos os químicos e medicamentos: a maior parte das rações é de origem transgénica, que é ingerida pelos animais, passando de imediato para a carne; os medicamentos são administrados na carne, enfim, não há mesmo volta a dar. Por isso, se a carne está “contaminada”, como diz, a fruta e os legumes não biológicos também poderão estar, contudo de uma maneira mais contornável e não tão abrasiva. Espero que a minha resposta tenha sido útil! Um abraço, Maria
Bom artigo. Aconselho o documentário “Hungry for Change” do realizador Lee Fulkerson. Ilustra muito bem como a sociedade moderna se alimenta e a manipulação da indústria alimentar
Há aquela teoria das conspiração contra o aspártamo… Nunca vamos deixar de encontrá-las por essa internet fora. Mas tenho investigado bastante sobre isso, sobretudo porque me custa ouvir pessoas a dizer a diabéticos que usam adoçante “Aii, isso faz tão mal! Mais vale pôr açúcar…”. Deixo aqui 2 exemplos que citam atigos científicos que contradizem as fontes que postou:
Gostava de chamar a atenção para um ponto do seu texto relativamente ao consumo de soja e tofu… Enfim gasta procurar no google e encontrará muita informação.
De qualquer forma parabéns pela forma clara com escreve e aborda o tema da alimentação saudável…
Olá Ana, Muito obrigada pelo comentário. A soja é consumida há milénios na civilização oriental, tanto fermentada como sob a forma de tofu ou de leite vegetal, entre outros. O maior problema que a soja tem, actualmente, é o facto de poder ser transgénica. Mas a maior parte da soja que é transgénica serve para consumo animal e não para consumo humano directo. Os tofus, tempehs, leites de soja etc são, na sua grande maioria, de origem biológica, o que garante não serem OGM. Logo, esse problema deixa de existir. Neste momento quase que é mais fácil encontrar informações negativas sobre a soja, uma planta consumida há milhares de anos sem qualquer problema associado, do que sobre a carne, o peixe, leite e derivados. Também poderá encontrar várias histórias terríveis sobre numerosos produtos saudáveis como a geleia de agave, bagas de goji, entre outros. O que conta, de facto, são dados históricos, problemas associados a certos alimentos e bem-estar e saúde associados a outros. Nunca ninguém morreu por comer soja ou excesso de tofu. Pelo contrário. Há séculos que a civilização oriental, onde a soja e derivados mais abundam, é um exemplo de saúde. É importante discernir e compreender a informação que os lobbys “mandam” cá para fora, por puros interesses económicos. Na minha opinião a soja é saudável e é uma excelente opção alimentar. Um abraço, Maria de Oliveira Dias
Bem, adorei o texto, e é engraçado e uma grande coincidência que na semana passada vi na net a base da dieta dos 31 dias (tal era a minha curiosidade para saber afinal qual era a “magia” da dieta) e ao fim ao cabo dei por mim a pensar que, 1º que nada é exactamente igual à deita easyslim e a dieta dos 3 passos e a dieta 10 e bla bla bla e depois acabei por pensar: porra mas que raios de dietas são estas que proíbem comer sopa e fruta?? E nadica de nada de hidratos de carbono? Na escola (bem como em casa) sempre me ensinaram que devemos ter uma alimentação saudável e equilibrada e que a sopinha e a fruta nos faz muito bem! Sim eu também já tive a pancada de me ir enfiar numa nutricionista, e fiz a dieta 10, ao fim de 2 semanas desisti, não aguentava mais comer bifinho com pepino e não poder trincar uma maçã ou comer uma sopa (e sinceramente não perdi grande peso). Uns meses mais tarde tive uns problemas de saúde e estive 2 semanas no hospital, e o que é que se come no hospital? Uma alimentação equilibrada e saudável, não há cá fritos, não há cá doces, come-se bem, sempre sopa e 2º prato, e quando vim para casa tinha menos 3kg. Passei fome? Nunca! A que conclusão cheguei? “Ok, vou esquecer as dietas da moda e basear-me no que a minha mãezinha me ensinou!” À cerca de 3 semanas meti na cabeça que tinha que começar a mudar os meus hábitos, e tenho feito uma alimentação equilibrada (e adicionei sementes ao meu pequeno almoço, adoro!!) e ando a praticar desporto, resultado: perdi 2kg, não é nada por aí além mas em volume já se nota uma boa diferença(tenho tirado medidas), e a minha intenção é perder volume e ganhar músculo (e como se sabe, o musculo pesa, portanto não estou minimamente chateada até se a balança não mexer), sinto-me super bem e realizada e de consciência limpa que é o mais importante!! E sei que consigo permanecer com este estilo de vida para sempre, porque a parte pior das dietas é que resultam enquanto se fazem, depois os kilos voltam todos e às vezes trazem mais uns extras. Em relação às coca colas light é outra idiotice! Aliás a malta tem muito a mania de trocar as coisas pelas versões light, e eu tenho cá a ideia que os químicos que os produtos devem levar para ficarem light devem fazer 20x pior. Leite: por acaso não gosto muito, mas sinceramente não sou capaz de passar sem um iogurte… Para terminar gostava só de referir mais duas coisas: Sumos detox e Herbalife. Detox: então um prato de sopa de legumes não vai parar ao mesmo que enfiar aipo e couve e salsa e mais não sei quê num batido?? Herbalife: 1º ainda não consegui que alguém neutro (óbvio que os vendedores disto dizem que é a melhor coisa do mundo) me explicasse com estudos cientificos que aquilo faz mesmo bem, e 2º a pessoa só está a perder peso, não está a aprender a comer, portanto ou toma herbalife até aos dias da sua morte, ou quando acabar a herbalife os kilos voltam todos! Mais uma vez parabéns pelo texto e muito honestamente pensei que fosses mais bombardeada e criticada pelas tuas palavras 🙂 É bom, significa que há muita gente com bom senso!
Concondo com a ideia de alimentação saudável que propõe, mas se as pessoas em questão (que fazem as dietas da moda) tivessem feito sempre uma alimentação saudável, não necessitavam de recorrer a dietas extremas de redução de hidratos de carbono. Estas são dietas temporárias, com fases de adptação que encaminham o individuo até chegarem À dieta dita “saudável” – depois de perderem o peso em excesso. Quanto ao caso da dieta dos 31 dias, acho que está realmente a exagerar um pouco… A nutricionista/autora em causa, escreve claramente no inicio do livro que é uma dieta apenas para individuos saudáveis e que não se deve confundir dieta de perda de peso com dieta saudável. Também quando fala do caso da coca cola é algo que deve ser esporádico… Até porque a dieta não deverá durar muito mais do que os 31 dias… Para não falar em individuos já obesos com extrema resistencia À insulina. Como vai aumentar essa sensibilidade inicialmente sem limitar a ingestão de hidratos de carbono? E aí falo também da fruta, que tera de ser bastante limitada numa fase inicial. Ou existe outra solução nutricional para isso?
Bom dia! Antes de mais, este artigo foi baseado num artigo da revista Sábado do ano passado sobre esta dieta e não no livro. Concordo com a redução de hidratos de carbono para emagrecer, não refiro no meu artigo qualquer oposição à redução dos hidratos, pelo contrário. Cito “Se comer arroz, massa e pão todos os dias e deixar de comer, vai emagrecer. Não há mistério”: é um facto. O que não concordo é com a ingestão exagerada de produtos de origem animal e de produtos processados. As razões estão expostas em cima. Há várias proteínas vegetais, muito menos calóricas, muito mais saudáveis, com muito menos gordura, que podem ser usadas como opção. Basear a alimentação em vegetais não é corrosivo para o corpo e garante um emagrecimento eficaz e saudável. Intoxicar o corpo com salsichas e afins, por mais que garanta um emagrecimento temporário, faz tão mal que não compensa. Já se sabe que o consumo excessivo de produtos animais e de produtos processados leva às doenças típicas da sociedade ocidental. Está comprovado cientificamente, nomeadamente pela FAO. Existem muitas soluções para emagrecer com saúde. A melhor será basear a alimentação em produtos de origem vegetal. Espero ter esclarecido a sua dúvida.
E posteriormente mais alimentos vão sendo permitidos
Esta dieta é composta por 4 fases.
E também é permitido comer legumes com baixo índice glicemico.
Quando se chegar a 4ª fase já se poderá comer um pouco de tudo com conta, peso e medida.
Nuno, agradeço o seu comentário, mas tenho de lhe dizer que não concordo com qualquer dieta, e muito menos com esta. Uma “dieta” significa que há uma restrição alimentar com o objectivo de perder peso. As restrições alimentares são péssimas para o corpo que acaba por ser canibal e ir buscar o que precisa aos seus próprios músculos, em vez de o fazer directamente aos alimentos. Mesmo que seja por fases (e teria que ser assim mesmo ou as pessoas ficariam doentes) não é uma dieta boa porque é rica em gorduras más e colesterol e pobre em tudo o que é bom. Uma alimentação variada com grãos integrais, legumes, frutas, leguminosas, algas, sementes e oleaginosas é suficiente para se ser saudável e elegante. Obviamente que se deve juntar algum movimento à mistura, como ginásio, caminhada, corrida, etc, e um estilo de vida saudável. É muito simples e não exige restrições, pelo contrário. Sem fases, sem salsichas processadas, sem coca-colas. Mas com muito sabor, prazer em comer, saciedade e felicidade.
Adorei seu site e em especial essa matéria que conta muito bem os perigos de seguir dietas da moda e muito mais!
Em nosso site eu tenho algumas dietas e carápios que acabam entrando nessa moda, mas sempre é bom usar o bom senso e saber que seu nutricionista e médico te ajudam nessa hora mais do que você imagina.
VEGAN * Health Coach pelo Integrative Nutrition NY * Plantbased chef pelo Plantlab LA * Formadora do Curso de Cozinha vegetariana da Escola de Hotelaria
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Olá Maria! Gostei muito do artigo, da forma como expões os factos, só acho que fazem falta alguns links para corroborar os factos. É que é isso mesmo, trata-se de factos cientificamente estudados que deitam por terra crenças de toda uma vida (como a história do leite) e que são difíceis de aceitar para não veganos ou omnívoros mais sensíveis para a questão da alimentação saudável. Há muita gente que acha tudo isto “paleio de fundamentalistas” (atenção, eu concordo com tudo o que dizes, mas, pela minha experiência, há pessoas que só lá vão com links para sites “credenciados”). Daí achar, e fica a humilde sugestão, que, quando tiveres tempo, podias incluir alguns links só para reforçar a ideia. Porque a forma como estruturas o texto e como escreves estão muito boa e é de partilhar!
Em relação a esta dieta, no outro dia ouvi falar da dieta dos 3 passos, que parece que está a ser seguida por imensa gente (não percebo se é a mesma da Ágata Roquete) que tem muita base também a ingestão de proteínas, zero fruta e saladinha com delícias do mar (oi? há lá coisa mais artificial?). O primeiro erro é mandarem beber um copo grande de leite ao pequeno-almoço e, daí até ao almoço, só um café. Toxinas até mais não, enquanto a pessoa morre de fome até ao almoço, onde só pode comer um bifinho de peru com saladinha (vá lá) de alface, pepino e… ai, delícias do mar. A pessoa de quem li isto, num outro blog, confessava que ao fim do dia tinha ataques de gula. Pudera. Passa o dia sem comer hidratos de carbono e a enfrascar-se de proteína animal, chega à noite sem energia, claro! É triste como é que as pessoas ainda vão nestas balelas e não se procuram informar um pouco mais. Não pode comer fruta? Como? Ai engorda? Mas a coca-cola light não? A ignorância é tanta que dá vontade de rir. E os verdes, senhor, onde estão os verdes? E o exercício? Custa, né? Por isso é que é importante haver pessoas como tu que expõem os factos como eles são e fornecem informações verdadeiras!
(ups, acho que me alonguei, sorry…)
Adorei o teu comentário! Essa dieta das delícias do mar também é óptima 😉 Obrigada pela sugestão, vou colocar alguns links e bibliografia. Abraços!
Olá Maria só agora tive conhecimento deste artigo e vou dizer que concordo plenamente com a sua opiniao. Nas férias de verão a minha tia emprestou-me o livro da Agata Roquete, tamanha era a minha curiosidade devido aos programas televisivos, o esgotar do livro em qualquer livraria ou supermercado que eu passa.se que eu vi nos ultimos tempos. E lancei.me no desafio de tentar cumprir durante o verão a dieta proposta. Porque é que me propus? Bem eu peso 60 kgs para o meu 1,66 m e gostaria de “secar” um bocadinho mais (tipo perder 5 kgs) e sei pelo meu conhecimento geral que quando se pretende secar e ter mais definição a proteina é o melhor (vejo pelos atletas de alta competiçao).
Quero salientar que a uns anos atrás desde que vi o documentário Food Inc que desenvolvi uma aversão a carnes, não fui radical ao ponto de me tornar vegetariana mas tentei reduzir o maximo possivel o consumo de carne vermelha (hoje praticamente não como) e a carne que como tento que seja de proveniencia mais natural e local possivel. Bem ao fim de uma semana com a dieta dos 31 dias estava a subir pelas paredes, não só sofri um choque hepático que o meu médico mandou-me parar logo com o que andava a fazer como TODOS os dias em que fiz tinha um desejo enorme de comer fruta (só fiz a dieta 7 dias), mas passava por uma peça de fruta e quase chorava de saudades! Não sei se é do facto de eu comer umas 3 peças de fruta por dia desde que me lembro ou se era mesmo falta de acuçar (ah além disso sou hipotensa, não sei se conta tb)
Por ultimo outra particularidade, foi que no curto periodo que fiz a dieta, apesar de comer carne ou peixe a noite nunca me sentia satisfeita…e desde da minha adolescencia sempre comi SOPA + IOGURTE E FRUTA á noite (á anos que faço isto, não sei se é correto mas é como me sinto bem) e sinto.me muito mais saciada com esta opção.
Cmpts
Há já algum tempo que não lia um texto bem construído, bem argumentado, bem informativo e bem ” isento” de patrocínios alimentares ou similares. Finalmente uma visão racional, objetiva e sensata da alimentação de todos os dias. Ser-se saudável poderá ser algo ao alcance de muitas pessoas e não implicará despesas extra.
OBRIGADA!
O problema destas dietas é que apela ao que as pessoas querem ouvir: perder peso rápido, comer coisas como fiambre, salsichas e outros absurdos proteicos em vez de legumes, que sabem mal e dão muito trabalho a preparar (abrir uma lata de salsichas é tão mais fácil).
Só que se esquecem que passados uns meses lá voltam os quilos todos, pois claro, o corpo andou a passar fome e mal nutrido todo aquele tempo. Vi muitas vezes isso, no meu anterior emprego contactei com uma empresa que faz esse tipo de dietas e era ver as pessoas a emagrecer e a voltar lá no ano seguinte com o mesmo peso ou mais.
E era ouvir as queixas: “Ai eu passo fome, mas tenho de perder mais 5 quilos, ainda não estou no peso certo” “Já estou farta de comer sopa de alface, apetecia-me mesmo umas batatas, mas não posso” ou “Ando cansada, não sei o que se passa!”
É tudo uma ilusão e as pessoas caem na esparrela. As consultas são baratas mas depois têm de levar os “alimentos” da marca destinados a ajudar na perda de peso (gelatinas, bolachas e barras super calóricas para – que ridículo – substituir refeições), caixas de vitaminas e depurantes hepáticos e a coisa fica estupidamente cara.
Quando o que bastava eram irem ao mercado, comprar legumes e fruta e ter uma alimentação verdadeiramente equilibrada, como dizes!
Excelente texto, toca na ferida e é extremamente informativo, pode ser que se faça luz na cabeça de muita gente 🙂
Exactamente! E essas dietas que vêm em pó também são incríveis! Obrigada pelo comentário! Um abraço
Olá, Maria. Chego através do Not Guilty Pleasure e gostei muito deste artigo.
Concordo plenamente. Nada melhor do que uma alimentação variada, com ênfase nos produtos de origem vegetal e de preferência biológicos.
Olá, muito obrigada pela sua opinião!
Boa Maria!
Só queria acrescentar mais umas “coisas”: a alimentação verdadeiramente equilibrada é a mais natural possível, ou seja, a que a natureza nos fornece e sem muitos “preparos”. O ideal mesmo, é comer mais nutrientes por caloria, do que calorias sem nutrientes.
Não que eu siga à risca (é difícil mudar toda a minha “cultura” da alimentação), mas acredito profundamente que a maioria das nossa práticas estão erradas e não nos trazem saúde, antes pelo contrário.
Um exemplo disto:
As pessoas consomem entre 400 a 800 calorias por dia apenas em óleo/azeite. Os óleos não são alimentos ricos em nutrientes, uma vez que quando se extrai o óleo do alimento inteiro que a natureza nos fornece, perde-se a maioria dos nutrientes, ficando apenas com a pior parte. Nozes e sementes são alimentos extremamente ricos em nutrientes, não o seu óleo. (Qdo for temperar uma salada ou mesmo cozinhar, experimente triturar com algumas gotas de limão ou outro, nozes e sementes ricas em óleo, em vez de usar apenas o óleo delas). Podemos fazer excelentes molhos para saladas sem calorias vazias (sem nutrientes nenhuns).
“A alimentação teria que estar de acordo com a fisionomia humana; ao estudarmos os gorilas na selva, verificamos que o seu material genético assim como o seu aparelho digestivo são muito semelhantes ao nosso; por isso é inteligente olharmos a sua alimentação; uma alimentação baseada em frutas, folhas, raízes e sementes.”
Não deixo fontes, porque são extratos de muitos textos que li e que me fazem todo o sentido, mas se quiserem verificar, basta fazer uma pesquisa na net sobre o assunto. Há alguns anos que tenho vindo a ler muito sobre o assunto “alimentação”. Tive necessidade disto, porque queria que a minha escolha/objectivo (o veganismo) estivesse tb baseado em factos sobre a saúde, os mais verdadeiros e actuais possíveis.
Bem, as “coisas que eu queria “dizer”, quase que deram um livro, eheheheh.
Grata e Viva a Vida!
Olá, a sua mensagem é muito interessante! Muito obrigada pela partilha!
Olá, Maria! Não conhecia o seu blog e adorei este artigo! Chamou-me à atenção o título, uma vez que eu própria experimentei uma das “dietas da moda”, a da nutricionista Ágata Roquette, que não me satisfez de forma alguma. Num mês e meio perdi 3 kg, algum volume e nada mais. Por ser uma dieta diurética, passava o dia a caminho da casa de banho. O humor alterou-se drasticamente, ninguém me podia aturar! A energia esgotou-se. A coca-cola light de vez em quando, transformou-se em celulite nas coxas… Um desastre.
Sempre manifestei a vontade de me tornar vegan. Por mais que me dissessem “olha que esse tipo de alimentação tem pouco isto e pouco aquilo”, sempre achei uma forma de estar na vida bastante equilibrada e inteligente. Acho que o difícil é começar, ganhar juízo e pôr na cabeça que queremos mesmo fazer isto. A preguiça pode ser um aliado para nos desmotivar, mas talvez uma ajudinha de alguém que tem este estilo de vida seja bastante preciosa. Tem alguns conselhos para uma miúda que pensa seriamente em juntar-se aos vegans deste mundo? 🙂
Um beijinho grande,
Margarida
Olá Margarida,
Muito obrigada pela partilha!
Ser vegano é bastante mais simples do que nos querem levar a crer, e não tem “pouco disto nem daquilo”, tem tudo o que é necessário e ainda mais. As razões que levam uma pessoa a tornar-se vegana são várias, mas são sempre mais importantes do que a preguiça 😉 E, na verdade, é exactamente porque sei que dá a preguiça a toda a gente que este blog tem receitas que se fazem super rápido e sem grandes complicações. De qualquer maneira há imensa comida pronta e opções variadas em todos os super/hipermercados e lojas de produtos naturais, para quando a preguiça ataca.
Por favor exponha-me as suas dúvidas e diga-me como a posso ajudar para thelovefood@hotmail.com. Terei todo o prazer em aconselhá-la!
Um abração,
Maria
Concordo com o ridículo da dieta, e o artigo está fantástico. No entanto, com todo o respeito, gostava de fazer uma pergunta sobre alho que não consigo perceber: somos os únicos seres a fazerem necessidades em sanitas, a praticar desporto, a ir ao ginásio, estudar nutrição, comer em pratos, equilibrar o prato, fazer lanches, cozinhar, lavar os dentes, usar roupas, ir ao médico, fazer exames, tentar melhorar a saúde, receber cuidados médicos especializados, tomar medicamentos, somos dos poucos que andam a pé, que tentam manter postura correta, tentam viver de forma saudável, que se preocupam com vitaminas e minerais, dos poucos que têm uma longevidade relativamente grande e problemas associados, que têm cuidados higiénicos com os alimentos, que se lavam diariamente com produtos específicos, que cortam unhas e cabelo, que vivem em casas, etc (a lista é longa). Tenho a certeza que não anda nua, que toma banho e cumpre a lista de coisas que mencionei, mas não podemos tomar leite ‘porque os animais não tomam’? Analisando este argumento sem considerar estudos que provam malefícios do leite, é bastante infantil e insuficiente. Os animais não estão preocupados com osteoporose (repito, não considernado estudos que questionam o leite), vitaminas e minerais – por isso é que nós somos os animais racionais.
Para além disso, os animais COMEM CARNE. Se queremos ser como os animais, respeitar a ordem da natureza, não beber leite em adulto porque não é natural, devíamos comer aquilo que estamos naturalmente programados para comer – isto inclui carne (e até comida crua). Não digo que seja natural injetar hormonas e outras substâncias na carne/leite ou fazer criações de animais, mas será natural deixar de comer carne? Não me parece. A questão não é só o errado dos aviários ou o leite ser artificial (não nego que seja mau para a saúde comer/beber alimentos não biológicos e com imensas substâncias), a questão também é contrariar a nossa natureza, o que é um argumento frequente na questão do leite, mas também se alarga ao veganismo. Não considero um bom argumento o nosso organismo não digerir bem a carne – sempre, deste os primórdios da humanidade, comemos carne, sempre fomos para isso biologicamente programados. Levantam-se problemas éticos, é verdade, mas também há falhas na teoria dos vegans.
Não podemos, também, ignorar que, se carne e leite possuem hormonas e substâncias prejudiciais, a soja é frequentemente geneticamente modificada, e possui também hormonas.
Sim, é cruel manter animais em cativeiro. Sim, é cruel comer carne de animais. Não é cruel deixar crianças e adultos morrerem à fome em África enquanto gastamos 3x o valor usual de um alimento para que seja biológico?Enquanto a população cresce, não será cruel gastar o triplo do espaço que seria, com métodos tradicionais, necessário, para agricultura biológica? Não será um capricho a alimentação vegan, de certa forma?
Não pretendo criticar o vosso estilo de vida, é uma opção, mas uma vida saudável passa por comer um pouco de tudo. Aceito, por exemplo, o caso do aspartame, que dexei de consumir, que não é necessário à alimentação e que nunca foi consumido senão nos últimos anos. Não estou a contrariar: eu própria bebo leite de soja, mas é este menos processado e mais natural do que o de vaca? Não teria tanta certeza… É uma coisa concebida pelo ser humano e não pela Natureza!
Espero não ofender. Apenas quero conseguir compreender melhor o estilo de vida e as ideias das pessoas vegan, as crenças e ideias, e gostaria para isso de perceber as ideias quanto a isto tudo, os contraargumentos em que não consigo pensar.
Alexandra
Cara Alexandra,
Muito obrigada pelo seu comentário. Creio que há muitas confusões naquilo que escreve e vou tentar esclarecê-las da maneira mais simples possível. Como a resposta é longa e o blogger não permite comentários tão longos, vou ter de dividir em vários pontos.
Antes de mais devo dizer-lhe que a divisão que refere entre animais racionais e irracionais é uma divisão que não existe. Os vários estudos recentes, nomeadamente do investigador português António Damásio, provam que os animais que os humanos dizem ser “irracionais” não o são. Os animais têm organizações complexas, criam sociedades, têm linguagem/comunicação, inteligência e consciência. Não respondem apenas por instinto mas refletem e analisam os problemas e tentam resolvê-los. Logo, não podem ser irracionais. Pensar que somos animais superiores porque vamos ao ginásio e bebemos o leite que os animais geram para alimentar as suas crias (e porque estamos preocupados com a osteoporose) não me parece certo. Já que somos tão “avançados” só podemos ter a obrigação de fazer as melhores escolhas, que são aquelas que prejudicam o mínimo possível todos os outros, desta ou de outras espécies, e do lugar onde vivemos. Analisando o estado do planeta e as suas causas, e conhecendo muitas das soluções, com esta inteligência e desenvoltura que temos, só podemos optar pelas melhores soluções para a nossa vida.
Em primeiro lugar, seria, talvez, infantil e insuficiente se eu tivesse dito apenas que não devemos beber leite porque os outros mamíferos (como nós) não bebem. Contudo, a questão não é só essa, e eu considero estudos que provam os malefícios do leite e que são vários, nomeadamente das melhores universidades dos Estados Unidos. Há vários estudos (nomeadamente da Universidade de Harvard) que demonstram a ligação do leite à osteoporose e vão mais longe: afirmam que o consumo de proteína animal é um dos responsáveis pela osteoporose, e que a solução não é beber proteína animal, mas evitar proteína animal. Os estudos mais fáceis de encontrar são aqueles promovidos pela indústria dos lacticínios, o que é bem redutor. Apesar disso, o National Dairy Council (referido acima), que é o “Instituto dos Lacticínios” dos EUA publicou há poucos anos o relatório (que eu refiro acima) que revela que os países com o maior índice de osteoporose são aqueles que consomem mais leite e lacticínios. Para além disso refiro a nossa natural intolerância à lactose (favor rever texto acima), e é nesse momento que nos comparo aos outros mamíferos, que funcionam, nesse campo, da mesma maneira do que nós.
(continua)
Em relação aos animais comerem carne, logo, nós temos de comer carne, é uma generalização um pouco absurda. Na verdade, se seguisse essa lógica, a maior parte dos mamíferos como nós são herbívoros. Note que eu não digo que devemos ser como os animais, como afirma no seu comentário, logo não digo que devemos pastar ou apanhar insectos esvoaçantes. O que estamos “naturalmente” programados para comer são sementes, grãos, frutas e legumes. Foi o que comemos durante milhares de anos até chegar uma imensa seca e nos vermos obrigados a matar animais para comer. Ao analisarmos o nosso corpo e ao compararmos com o de animais carnívoros, podemos verificar que são substancialmente diferentes, como refiro no artigo acima.
E agora poderia ser a minha vez de lhe perguntar em que estudo é que se apoia para dizer que “devemos comer aquilo que estamos naturalmente programados para comer” e “isto inclui carne”? Quem é que afirmou, com bases científicas, que isso é que é “natural” e que, não comer, é “contrariar a nossa natureza”? Quando, biologicamente, o nosso corpo (e basta ver os nossos dentes, já nem é preciso ir mais longe) não está preparado para digerir a carne. Mesmo que nem se considere esse facto, basta pensar que, como referiu e bem, somos animais com consciência, e que podemos escolher aquilo que fazemos e aquilo que comemos, sendo que, em princípio, haveremos de escolher o que será melhor para nós e, por consequência, para os outros. Para que havemos de matar milhões de criaturas por dia para nos alimentarmos se não temos necessidade disso e se temos inteligência para escolhermos uma alimentação mais completa, diversificada e sustentável?
Não há teorias ou crenças veganas. Afirmar que “há falhas na teoria” não é razoável. Não é uma seita ou religião de fundamentalistas, como se tenta querer parecer. Um vegano é alguém que se preocupa em viver com consciência, causando o mínimo estrago possível. Faz escolhas conscientes e informadas, e são escolhas que afectam milhares de seres, humanos ou não humanos. Para além disso preocupa-se com a sua saúde, e aí posso referir-lhe vários estudos que referem que os veganos e os vegetarianos vivem mais tempo e são mais saudáveis (por exemplo, pode ler este estudo da Jama Internal Medicine: http://archinte.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1691919) do que as pessoas que comem carne (estudo da Life Science: http://www.livescience.com/18996-red-meat-premature-death.html).
(continua)
Se pensa que é cruel deixar crianças e adultos morrerem à fome em África para comermos produtos biológicos (e aqui, diria eu, é um argumento infantil e insuficiente), poderia dizer-lhe que cruel é plantar milhões de hectares de campos de cereais para consumo animal (para rações). Os cereais plantados no mundo para consumo animal poderiam servir para alimentar 800 milhões de pessoas, se não fossem para a indústria agro-pecuária. Acabaria com a fome no mundo. Creio que é muito mais cruel do que preferir alimentos sem pesticidas e químicos, que não desgastam o solo e que usam um sistema baseado na sustentabilidade. E não se gasta o triplo do espaço para cultivar produtos de agricultura biológica, o espaço é o mesmo. Tendo em conta que se está a destruir, por exemplo, a floresta amazónica para se criar gado, que se destroem florestas inteiras para a agro-pecuária, não creio que o problema da agricultura biológica seja um problema de espaço. Há muito espaço, o problema é que está praticamente todo a ser consumido pela indústria mais poluente de sempre: a agro-pecuária.
A maior parte da soja é OGM, mas a maior parte da soja (mais de 90%) é para consumo animal, não para consumo humano. O leite de soja e os produtos com soja, ou o leite de amêndoas ou de outros grãos já são consumido pelos humanos há muito tempo. É uma invenção humana, como diz, mas não é menos natural por isso ou deverá ser rejeitada por esse facto. Repare que eu nunca digo que devemos ser como os animais, “respeitar a ordem da natureza” ou que devemos boicotar as invenções da espécie humana. E, na verdade não é sequer um leite, por isso é que se chama “bebida vegetal”. “Leite” é uma forma mais abrangente e reconhecível de o chamar, para se enquadrar nos nossos hábitos e linguagem.
Creio que um capricho é, depois de tantos dados, depois de tantos estudos lançados, comer-se carne e peixe. Quando já a própria FAO e as Nações Unidas vieram alertar para o facto de ser absolutamente insustentável apoiarmos a nossa alimentação na indústria agro-pecuária, e que, para que possamos viver de forma sustentável a única opção é tornarmo-nos veganos (veja o artigo da UN que está nas referencias bibliográficas). Capricho é ter informação em frente dos olhos e virar a cara e manter os mesmos hábitos.
Uma vida saudável passa por muitas coisas. Um vegano não é necessariamente saudável. Se eu quiser posso comer batatas fritas o dia inteiro: sou vegana, mas não sou saudável. Uma vida saudável passa por comer um pouco de tudo, concordo, mas de forma consciente, ética e sustentável.
Espero não a ter ofendido com a minha resposta e que a minha mensagem seja útil para que possa compreender a dimensão da questão.
Proponho que leia este artigo: http://thelovefood.blogspot.pt/p/torne-se-veganoa.html, e este http://vegan.org/for-the-environment/, com várias referências a vários artigos e estudos científicos que pode consultar online.
Um abraço,
Maria
Obrigada pelo esclarecimento! Só quero mencionar que quando disse “teoria vegana” não me referia a uma ‘seita’, só ao modo de pensar e à filosofia, com a qual concordo em parte. Gostaria, no entanto, de fazer ua questão: as marcas de soja disponíveis nos hipermercados são seguras quanto a OGM?
De nada! Lamento o tamanho da resposta, mas havia tanto a dizer!
Em relação aos OGM, a UE não tem nenhuma certificação. No Brasil, por exemplo, já há um selo para produtos com e sem OGM, o que é óptimo. Aqui as empresas mais “conscientes” referem nas suas embalagens se o produto é feito com ou sem OGM, inclusive os produtos com soja (no leite de soja vendido nos supermercados, por exemplo, encontra alguns que indicam não ser OGM). Se for biológico não é OGM de certeza, mesmo que não tenha nenhuma indicação.
De qualquer maneira o maior problema é mesmo o milho, que se “infiltra” em todos os produtos do supermercado e que, na sua maioria, é OGM. Vem em várias formas, mas, sobretudo, em forma de xarope (corn syrup) e está presente nos cereais matinais, bolachas, comida pronta, etc. É quase 100% vindo de culturas trangénicas.
Esperemos que, em breve, haja um selo que certifique todos esses produtos!
clap clap clap! (isto sou eu a bater palmas!)
Apetece-me copiar o teu post e dá-lo a ler ao meu treinador do ginásio. Coitado, ele está cheio de boas intenções a aconselhar-me a jantar, em vez de só sopa e fruta, que supostamente me vai comer os músculos ou lá o que é, queijos frescos e fiambre, e a comer mais carne (não sou vegetariana, mas comemos muito pouca carne e peixe) para conseguir perder peso mais depressa e ganhar músculo com mais facilidade (peso 59.5kg para 1.55, mas, apesar do excesso de peso, as minhas análises ao sangue estão sempre excepcionais) Fica todo espantado quando lhe digo que não como lacticinios…
Gostei muito de uma das tuas últimas frases, também eu estou sempre a dizer que prefiro ser saudável a magra. É tão dificil encontrar pessoas que partilhem esta opinião que quando ouço ou leio coisas deste género é como uma lufada de ar fresco.
Obrigada pelo teu texto, vou tomar a liberdade de partilhar no facebook do meu blogue 🙂 Beijinhos
Obrigada, Anouska! Eu confesso que gosto bastante de jantar. Prefiro jantar a almoçar, mas isso são hábitos que se vão adquirindo conjugados ao estilo de vida que temos. Como só tenho hipótese de cozinhar ao jantar, é aí que eu me vingo;) E eu também vou ao ginásio (quase todos os dias, diga-se) e tenho mais massa muscular do que muita gente que “malha” e come carne. Não é preciso carne para se ter massa muscular, e também não é preciso uma overdose de proteínas, como nos tentam impingir. Uma alimentação saudável aliada a um estilo de vida saudável dão sempre bons resultados.
Muito obrigada pela partilha!
Um abraço
Vim aqui parar por acaso e gostei bastante do seu texto. Não sou vegetariana, nem vegana, gosto bastante de comer carne, peixe mas também tofu e seitan. Se me tirarem a carne não é por aí que vou sofrer 🙂
Penso que aquilo de mais importante é mesmo o equilíbrio na alimentação, coma-se ou não carne, beba-se ou não leite. Eu bebo leite porque gosto, não porque sou obrigada. Experimentei bebida de soja durante um tempo razoável mas não era de todo o que eu mais gostava. Mas claro que não bebo logo um litro por dia. Bebo um copo porque efectivamente gosto do sabor.
E para mim é perfeitamente possível ser-se saudável seguindo uma dieta omnívora, desde que haja equilíbrio na alimentação.
Cumprimentos,
Maria F.
Um dos melhores artigos que li dos últimos tempos! Muitos parabéns!
É sempre animador, quando encontramos alguém que partilha a mesma opinião que nós, e se sustenta em bases científicas válidas para o fazer.
Muito obrigada pela partilha!!
Muito obrigada pela partilha!
Um abraço!
Talvez não seja adequado este comentário, mas já que se fala no assunto, pode ser que alguém fique um pouco mais informado e queira assinar esta petição pelo fim da incineração de bezerros nos Açores:
http://www.thepetitionsite.com/431/136/094/fim-da-incinerao-de-bezerros-nos-aores/#
Lacticínios para quem acha que não é uma indústria cruel e que não mata animais:
Ilha de São Miguel – Açores – vejam no link abaixo a explicação do secretário da agricultura que chama a morte e incineração de milhares de bezerros com 15 dias, de “medida económica”.
Os milhares de filhos desta indústria (os bezerros, entre 800 a 1000 por semana só no matadouro de Ponta Delgada, São Miguel, Açores, são excedentes a serem completamente incinerados e pagos á cabeça 75 euros ao lavrador para a carne no mercado não baixar de preço. Esta “medida” económica está “patente” (em vigor ) na indústria do leite (penso que a nível europeu) e podem comprovar aqui http://ww1.rtp.pt/acores/index.php?article=7048&visual=3&layout=10&tm=5 e na Estação Agrária de Ponta Delgada. A notícia tem cerca de 2 anos, mas tudo isto continua actualmente, tenho conhecimento, mas ninguém fala muito, claro. Tb tenho conhecimento de que a maneira como matam estes vitelos, é a pior, por serem muitos e não haver pessoal para o fazer dentro da lei.
Apesar de se pensar que estas vacas, são vacas “felizes”, (como muita gente gosta de dizer para acalmar a sua consciência) por viverem ao ar livre, não é bem assim (a maioria, actualmente começam já a existir vacas em estabulação, permanecem no mesmo lugar). Nunca têm a hipótese de se abrigarem de chuva e enormes ventos que se fazem sentir por cá. A maioria das vacas sofre mastites, o que para além de ser dolorosíssimo, se trata com antibióticos e outros medicamentos, resultado de tanta produção de leite e ordenha mecânica. É por isso que na legislação são permitidas até 500 milhões de células somáticas (células de pus) por litro.
São inseminadas continuamente (como as mulheres e todos os mamíferos, não têm leite se não tiverem filhos) e mesmo grávidas são ordenhadas (imaginem o leite com essas hormonas todas de gravidez). Dão -lhes um descanso de 1 mês por ano, mas porque assim garantem a produção.
Ora, mesmo nos Açores, que as pessoas acham que é tudo bom, elas comem pastos cheios de químicos sintéticos, rações de OGMs e ainda por cima, antibióticos.
Bom, esta é a prática no mundo “des-envolvido”. A dos subsídios e bezerros mortos e incinerados, os químicos sintéticos, as rações, e com o seu esgotamento ao fim de muito poucos anos, vão para abate. E esta é a carne que se come por cá e por muitos outros lugares onde existe esta indústria.
Uma maravilha estes produtos de qualidade…
Muito obrigada pela partilha. A verdade é que isso passa-se no mundo inteiro, não apenas nos Açores. A única diferença reside, talvez, no facto das vacas açorianas ficarem ao ar livre, quando, na maioria das vezes, ficam confinadas em espaços contíguos a vida inteira, sem se poderem mexer. É uma indústria terrível e brutal…
Ola gostaria de saber se você não gostaria de fazer parceria com meu blog de receitas, desculpe nem me apresentei meu nome é Wagner Silirio da o meu blog é Churrasco e Cozinha , entre e faça uma visita e se lhe interessar vamos nos ajudar obrigado e fica com Deus.
Muito obrigada pela sua proposta, mas um blog de receitas veganas e um blog de churrasco não casam bem… Mesmo assim, agradeço o seu contacto.
Felicidades!
Primeiro que tudo nunca tinha ouvido falar destas dietas, mas isso certamente será por me tentar manter distante de tudo o que é uma estratégia de marketing, apenas e que acaba só por trazer malefícios ao corpo humano.
Acho isto totalmente ridículo e diria que qualquer ser humano que lesse alguma dieta deste género iria achar o mesmo. Infelizmente a propaganda e tudo o que está à sua volta acabam por ganhar, mas acho realmente que está na altura de as pessoas abrirem os olhos.
“Nem tanto ao mar..nem tanto à terra..”
Concordo com muitas coisas que diz, mas também discordo com muitas delas. Sou, sem dúvida,apologista e pratico uma alimentação bastante equilibrada, para além de não descurar a prática regular de actividade física, a qual não considero menos importante do que uma alimentação equilibrada.
Sendo uma pessoa que cresceu no meu rural, conheço muito bem a “ordem natural das coisas”. Há dados aqui que realmente correspondem à verdade, mas muitos deles não (como a produção média de leite, normalmente é bastante superior a isso, mesmo em produções consideradas “biológicas”).
Para além disso, acho justo que, tendo falado de todos os pontos “negativos” da criação animal “não-natural”, acho que também deveria ter endereçado os mesmos pontos negativos relativamente à produção de legumes, e tudo o que isso implica aquando do seu consumo (relativamente à utilização de produtos químicos sintéticos, tais como certos fertilizantes e pesticidas).
Excelente artigo , infelizmente esta dieta esta na moda dos portugueses , só veremos os danos daqui a uns anos
http://www.road2bfit.com
Olá,
Não conhecia o seu blog e vim cá parar por acaso. Gostei do que li porque me identifico com a sua perspetiva também. Contudo, há uma dúvida que já há muito tempo que tenho e está relacionada com os legumes e frutas. É certo que são os alimentos que devemos preferir, mas no caso de não ser possível produzi-los em casa, até que ponto estes serão saudáveis quando são vendidos no supermercado? Esta dúvida acentuou-se há umas semanas, quando vim viver para Inglaterra, e constatei que as maçãs aqui não têm cheiro, não têm sabor, têm imensa cor e duram praticamente um mês sem se estragarem. Quem diz maçãs, diz outra fruta ou legume qualquer. Até que ponto estes produtos não estão também “encharcados” de produtos químicos que podem levar a reações adversas? É que se o argumento para a rejeição da carne se baseia no facto de esta estar contaminada com produtos nocivos (que é um facto), também não deveremos dizer o mesmo das frutas e legumes? Não estou a querer contrariar o seu ponto de vista, porque como referi anteriormente, ambas estamos de acordo. Mas falta-me acertar esta ponta…
Aguardo uma resposta,
Rita.
Olá Rita,
A questão que coloca é muito interessante. É um facto que os legumes e a fruta estão carregados de pesticidas, e, eventualmente, alguns serão geneticamente modificados. O aspecto “plástico” e a falta de sabor da fruta e dos legumes sente-se sobretudo em países que têm um mau clima para a agricultura. Contudo, de todos os pesticidas, químicos, medicamentos, etc usados no mundo, 99% vão para a pecuária. Os pesticidas, adubos químicos, etc usados nos legumes e fruta podem ser prejudiciais, mas ficam à superfície. Quanto mais fina for a casca mais se impregnam, por isso é que os frutos de casca fina ou que se comem sem a casca são os mais perigosos, como mirtilos, morangos ou pêssegos. Ao retirar a casca está a evitar a grande maioria ou a totalidade destes químicos. O ideal é mesmo comer biológico, Pode ser um pouco mais caro, mas é, definitivamente, um investimento fundamental. Com a carne ou o peixe (sobretudo a carne) é impossível evitar todos os químicos e medicamentos: a maior parte das rações é de origem transgénica, que é ingerida pelos animais, passando de imediato para a carne; os medicamentos são administrados na carne, enfim, não há mesmo volta a dar. Por isso, se a carne está “contaminada”, como diz, a fruta e os legumes não biológicos também poderão estar, contudo de uma maneira mais contornável e não tão abrasiva.
Espero que a minha resposta tenha sido útil!
Um abraço,
Maria
Bom artigo.
Aconselho o documentário “Hungry for Change” do realizador Lee Fulkerson.
Ilustra muito bem como a sociedade moderna se alimenta e a manipulação da indústria alimentar
Muito obrigada! Vou ver!
Há aquela teoria das conspiração contra o aspártamo… Nunca vamos deixar de encontrá-las por essa internet fora. Mas tenho investigado bastante sobre isso, sobretudo porque me custa ouvir pessoas a dizer a diabéticos que usam adoçante “Aii, isso faz tão mal! Mais vale pôr açúcar…”. Deixo aqui 2 exemplos que citam atigos científicos que contradizem as fontes que postou:
http://www.sciencebasedmedicine.org/aspartame-truth-vs-fiction/
http://www.cancer.org/cancer/cancercauses/othercarcinogens/athome/aspartame
A única doença que contra-indica os adoçantes químicos, pela presença da fenilalanina, é a fenilcetonúria.
Olá!
Gostava de chamar a atenção para um ponto do seu texto relativamente ao consumo de soja e tofu… Enfim gasta procurar no google e encontrará muita informação.
De qualquer forma parabéns pela forma clara com escreve e aborda o tema da alimentação saudável…
Olá Ana,
Muito obrigada pelo comentário.
A soja é consumida há milénios na civilização oriental, tanto fermentada como sob a forma de tofu ou de leite vegetal, entre outros. O maior problema que a soja tem, actualmente, é o facto de poder ser transgénica. Mas a maior parte da soja que é transgénica serve para consumo animal e não para consumo humano directo. Os tofus, tempehs, leites de soja etc são, na sua grande maioria, de origem biológica, o que garante não serem OGM. Logo, esse problema deixa de existir.
Neste momento quase que é mais fácil encontrar informações negativas sobre a soja, uma planta consumida há milhares de anos sem qualquer problema associado, do que sobre a carne, o peixe, leite e derivados. Também poderá encontrar várias histórias terríveis sobre numerosos produtos saudáveis como a geleia de agave, bagas de goji, entre outros. O que conta, de facto, são dados históricos, problemas associados a certos alimentos e bem-estar e saúde associados a outros. Nunca ninguém morreu por comer soja ou excesso de tofu. Pelo contrário. Há séculos que a civilização oriental, onde a soja e derivados mais abundam, é um exemplo de saúde. É importante discernir e compreender a informação que os lobbys “mandam” cá para fora, por puros interesses económicos. Na minha opinião a soja é saudável e é uma excelente opção alimentar.
Um abraço,
Maria de Oliveira Dias
Bem, adorei o texto, e é engraçado e uma grande coincidência que na semana passada vi na net a base da dieta dos 31 dias (tal era a minha curiosidade para saber afinal qual era a “magia” da dieta) e ao fim ao cabo dei por mim a pensar que, 1º que nada é exactamente igual à deita easyslim e a dieta dos 3 passos e a dieta 10 e bla bla bla e depois acabei por pensar: porra mas que raios de dietas são estas que proíbem comer sopa e fruta?? E nadica de nada de hidratos de carbono? Na escola (bem como em casa) sempre me ensinaram que devemos ter uma alimentação saudável e equilibrada e que a sopinha e a fruta nos faz muito bem!
Sim eu também já tive a pancada de me ir enfiar numa nutricionista, e fiz a dieta 10, ao fim de 2 semanas desisti, não aguentava mais comer bifinho com pepino e não poder trincar uma maçã ou comer uma sopa (e sinceramente não perdi grande peso). Uns meses mais tarde tive uns problemas de saúde e estive 2 semanas no hospital, e o que é que se come no hospital? Uma alimentação equilibrada e saudável, não há cá fritos, não há cá doces, come-se bem, sempre sopa e 2º prato, e quando vim para casa tinha menos 3kg. Passei fome? Nunca! A que conclusão cheguei? “Ok, vou esquecer as dietas da moda e basear-me no que a minha mãezinha me ensinou!”
À cerca de 3 semanas meti na cabeça que tinha que começar a mudar os meus hábitos, e tenho feito uma alimentação equilibrada (e adicionei sementes ao meu pequeno almoço, adoro!!) e ando a praticar desporto, resultado: perdi 2kg, não é nada por aí além mas em volume já se nota uma boa diferença(tenho tirado medidas), e a minha intenção é perder volume e ganhar músculo (e como se sabe, o musculo pesa, portanto não estou minimamente chateada até se a balança não mexer), sinto-me super bem e realizada e de consciência limpa que é o mais importante!! E sei que consigo permanecer com este estilo de vida para sempre, porque a parte pior das dietas é que resultam enquanto se fazem, depois os kilos voltam todos e às vezes trazem mais uns extras.
Em relação às coca colas light é outra idiotice! Aliás a malta tem muito a mania de trocar as coisas pelas versões light, e eu tenho cá a ideia que os químicos que os produtos devem levar para ficarem light devem fazer 20x pior.
Leite: por acaso não gosto muito, mas sinceramente não sou capaz de passar sem um iogurte…
Para terminar gostava só de referir mais duas coisas: Sumos detox e Herbalife. Detox: então um prato de sopa de legumes não vai parar ao mesmo que enfiar aipo e couve e salsa e mais não sei quê num batido?? Herbalife: 1º ainda não consegui que alguém neutro (óbvio que os vendedores disto dizem que é a melhor coisa do mundo) me explicasse com estudos cientificos que aquilo faz mesmo bem, e 2º a pessoa só está a perder peso, não está a aprender a comer, portanto ou toma herbalife até aos dias da sua morte, ou quando acabar a herbalife os kilos voltam todos!
Mais uma vez parabéns pelo texto e muito honestamente pensei que fosses mais bombardeada e criticada pelas tuas palavras 🙂 É bom, significa que há muita gente com bom senso!
Concondo com a ideia de alimentação saudável que propõe, mas se as pessoas em questão (que fazem as dietas da moda) tivessem feito sempre uma alimentação saudável, não necessitavam de recorrer a dietas extremas de redução de hidratos de carbono. Estas são dietas temporárias, com fases de adptação que encaminham o individuo até chegarem À dieta dita “saudável” – depois de perderem o peso em excesso. Quanto ao caso da dieta dos 31 dias, acho que está realmente a exagerar um pouco… A nutricionista/autora em causa, escreve claramente no inicio do livro que é uma dieta apenas para individuos saudáveis e que não se deve confundir dieta de perda de peso com dieta saudável. Também quando fala do caso da coca cola é algo que deve ser esporádico… Até porque a dieta não deverá durar muito mais do que os 31 dias… Para não falar em individuos já obesos com extrema resistencia À insulina. Como vai aumentar essa sensibilidade inicialmente sem limitar a ingestão de hidratos de carbono? E aí falo também da fruta, que tera de ser bastante limitada numa fase inicial. Ou existe outra solução nutricional para isso?
Bom dia! Antes de mais, este artigo foi baseado num artigo da revista Sábado do ano passado sobre esta dieta e não no livro. Concordo com a redução de hidratos de carbono para emagrecer, não refiro no meu artigo qualquer oposição à redução dos hidratos, pelo contrário. Cito “Se comer arroz, massa e pão todos os dias e deixar de comer, vai emagrecer. Não há mistério”: é um facto. O que não concordo é com a ingestão exagerada de produtos de origem animal e de produtos processados. As razões estão expostas em cima. Há várias proteínas vegetais, muito menos calóricas, muito mais saudáveis, com muito menos gordura, que podem ser usadas como opção. Basear a alimentação em vegetais não é corrosivo para o corpo e garante um emagrecimento eficaz e saudável. Intoxicar o corpo com salsichas e afins, por mais que garanta um emagrecimento temporário, faz tão mal que não compensa. Já se sabe que o consumo excessivo de produtos animais e de produtos processados leva às doenças típicas da sociedade ocidental. Está comprovado cientificamente, nomeadamente pela FAO. Existem muitas soluções para emagrecer com saúde. A melhor será basear a alimentação em produtos de origem vegetal. Espero ter esclarecido a sua dúvida.
Boas !
Só para informar que na dieta dos 31 dias, a partir dos 15 dias já se pode comer fruta e sopa.
E posteriormente mais alimentos vão sendo permitidos
Esta dieta é composta por 4 fases.
E também é permitido comer legumes com baixo índice glicemico.
Quando se chegar a 4ª fase já se poderá comer um pouco de tudo com conta, peso e medida.
Nuno, agradeço o seu comentário, mas tenho de lhe dizer que não concordo com qualquer dieta, e muito menos com esta. Uma “dieta” significa que há uma restrição alimentar com o objectivo de perder peso. As restrições alimentares são péssimas para o corpo que acaba por ser canibal e ir buscar o que precisa aos seus próprios músculos, em vez de o fazer directamente aos alimentos. Mesmo que seja por fases (e teria que ser assim mesmo ou as pessoas ficariam doentes) não é uma dieta boa porque é rica em gorduras más e colesterol e pobre em tudo o que é bom. Uma alimentação variada com grãos integrais, legumes, frutas, leguminosas, algas, sementes e oleaginosas é suficiente para se ser saudável e elegante. Obviamente que se deve juntar algum movimento à mistura, como ginásio, caminhada, corrida, etc, e um estilo de vida saudável. É muito simples e não exige restrições, pelo contrário. Sem fases, sem salsichas processadas, sem coca-colas. Mas com muito sabor, prazer em comer, saciedade e felicidade.
Adorei seu site e em especial essa matéria que conta muito bem os perigos de seguir dietas da moda e muito mais!
Em nosso site eu tenho algumas dietas e carápios que acabam entrando nessa moda, mas sempre é bom usar o bom senso e saber que seu nutricionista e médico te ajudam nessa hora mais do que você imagina.