Mais um NEGÓCIO VERDE que me faz palpitar o coração! A NAE é uma marca de excelência, vegana, ecológica e super fashion. Um dia hei-de ter no meu closet um armário só para a NAE. Para já passeio-me quase diariamente com as minhas SAKA e só posso dizer que são a botas mais confortáveis e resistentes que já tive na vida.

O rosto da NAE é a Paula Pérez, uma empresária com E grande que já levou a NAE para fora de Portugal e que agora está a apostar nos Estados Unidos.

E não se esqueçam: de todas as vezes que estão a fazer compras estão a decidir como o mercado funciona. Escolham conscientemente!

E inspirem-se e criem Negócios Verdes originais!

– O que é a NAE?
A nae é uma marca portuguesa de calçado com uma filosofia vegan e preocupada com a sustentabilidade ambiental. Associamos design, estilo e qualidade, não utilizando qualquer produto de origem animal. Propomos por isso uma alternativa justa, animal-friendly e respeitadora do meio ambiente. Queremos mostrar que o calçado vegan e ecológico tem design e por isso queremos ser uma marca de referência em Portugal e no mundo.
– Quando criaste a NAE e porquê?
A nae nasce em 2008 e o seu nome deriva de um acrónimo (no animal explotation). Num país como Portugal, onde o fabrico de calçado é uma actividade por excelência e na falta de uma alternativa na indústria do curtume e da pele, eu e o meu marido Alex – os sócios da marca – fizemos nascer um conceito de calçado vegan e ecológico em Portugal, para dar resposta a uma franja de mercado cada vez mais significativa e que se preocupa com as questões da sustentabilidade ambiental e do consumo ético. Queremos também mostrar que existe uma alternativa ao calçado em pele com qualidade e mais justa, animal-friendly e respeitadora do meio ambiente.

– E como começou a NAE?

Em 2008 quando criamos a nae não tínhamos grande conhecimento na área do calçado, por isso foi um grande desafio entrar numa área que não tinha nada a ver com a nossa formação académica. No início as fábricas não entendiam o conceito e pouco a pouco tivemos de convencer as fábricas a embarcar conosco nesta aventura. Neste momento trabalhamos com várias fábricas em Portugal (toda a produção é nacional ) e estamos muito contentes com isso.

– Quanto tempo dedicas à NAE por dia?

Além de nós, já são várias as pessoas que colaboram todos os dias com a NAE, quer na parte do marketing e comunicação até à produção do calçado, pelo que é difícil quantificar o esforço que hoje em dia é colocado nesta empresa. Pessoalmente dedicamos todo o tempo necessário seja a que horas do dia for para tornar este projeto vencedor.

– Quanto tem crescido ao ano?

A nae tem tido um crescimento médio de cerca de 30% ano.


– Qual a tua estratégia para fazer crescer a NAE?

A estratégia passa pela internacionalização da marca. Ganhar mais penetração no mercado alemão que é um país muito sensível às questões ambientais e valoriza produtos animal- friendly. Além disso vamos começar em Julho a fazer distribuição nos Estados Unidos que é um mercado com muito potencial.

– Tens um produto best-seller?
Sem dúvida. No Inverno a bota Saka bordada foi um best seller.
No Verão a mesma bota em cortiça – Saka Cork – vai ser um sucesso.

– Quais são as maiores dificuldades?

O processo de geração de novas coleções/modelos junto das fábricas que nem sempre é fácil pois é uma corrida contra o tempo.

– E as alegrias/recompensas?

Testar a capacidade empreendedora no mundo real e ver que funciona.

– Que conselhos dás a quem quiser começar um negócio verde?
O mundo está cada vez mais consciente de que temos de cuidar do nosso planeta e ter práticas mais sustentáveis. O processo de compra é uma dessas práticas. A sociedade vai tendencialmente ser mais sensível à aquisição de produtos que não criem dano para o ambiente nem aos animais, pelo que os negócios verdes são já os negócios do presente e são sem qualquer dúvida os negócios do futuro. O conselho para quem quer começar um negócio verde: atitude e resiliência.