livro_lovefoodFalar de alimentação saudável está muito em voga e as opiniões vão divergindo em alguns pontos mas convergem em mais, parece-me. Não acredito que haja uma alimentação padrão adequada para toda a gente, por exemplo o que eu como em minha casa não é, necessariamente, o ideal para outra casa qualquer, mas existem bases muito generalistas mas não por isso pouco importantes que se podem aplicar facilmente. E já que estamos no início do ano e é época de resoluções, tente aplicá-las na sua cozinha (e na sua vida):

Comer produtos da estação – fundamental para o corpo, para o planeta e para a carteira. A natureza é sábia e dá-nos os legumes, frutas e ervas que precisamos para cada época do ano.

Comer local – os produtores locais agradecem, a economia também, o ambiente também agradece não ter tantos aviões e camiões a transportar comida amadurecida à pressão do outro lado do mundo.

Comer integral – é mais saciante e mais rico nutricionalmente. Ao ficar mais saciada também vai comer menos e ter menos fome ao longo do dia.

Comer fora do pacote – compre a granel e evite comida pronta com ingredientes estranhos, inclusive pão com ingredientes que não sabe o que são.

Comer justo – comprar a empresas que se preocupam consigo, com o que fabricam e com o ambiente ajuda-as a crescer e elas bem merecem. Assim como o The Love Food, há gente que dedica a vida a simplificar e a melhorar a vida dos outros através das escolhas que, diariamente, fazem. Estes produtos podem ser mais caros mas são, geralmente, de altíssima qualidade e de confiança

Comer vegano – na minha opinião, é fundamental para quem têm consciência do impacto que a industrialização da produção de carne, peixe e outros produtos de origem animal têm no ambiente, e porque não há qualquer necessidade de matar para comer com tantas opções tão deliciosas.

Comer deve ser algo de natural e simples, não uma dor de cabeça ou matemática. Deve dar-nos prazer, energia e boa disposição, não deixar-nos apáticos, histéricos, mal humorados ou zombies. Também acredito que uma alimentação saudável com tudo o que a terra e o mar nos dá é suficiente e, embora cada caso seja um caso, não há necessidade de tomar suplementos ou outro tipo de medicamento ou tratamento.

Ao mesmo tempo uma vida saudável não se baseia apenas no que comemos. A nossa carreira/aquilo que fazemos é também importante para o nosso equilíbrio, assim como as relações com os outros, exercício físico, a forma como comemos e como gostamos de nós. Podemos comer todo os brócolos do mundo mas se formos sedentários, se nos sentirmos infelizes, sós e desmotivados não iremos ser verdadeiramente saudáveis.

Como digo no livro “Viva com significado e faça o melhor que pode, por si e pelos outros”.

Trago para a sua mesa uma receita do livro, deliciosa, versátil e infalível: a granola! No livro tem a sugestão de variações para ir diversificando os sabores, é só ir espreitar! Espero que seja útil e que possa deixar essa caixinha de cereais de pequeno-almoço super açucarados e trocar pela verdadeira granola:

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Foto de Bárbara Tomaz @me_at_the_kitchen

GRANOLA SIMPLES
Dose: 600 gr de granola

• 4 chávenas de aveia em flocos grossos
• 1 cup de avelãs, amêndoas, ou nozes partidas aos pedaços
ou
• ½ cup de avelãs, amêndoas, ou nozes e ½ cup de sementes à escolha (girassol, abóbora, sésamo ou mesmo trigo sarraceno)
• uma pitada de sal marinho
• 1/3 chávena de geleia de agave, arroz ou de coco
• 4 colheres de sopa de óleo de coco ou azeite
• 2 colheres de sopa de açúcar de coco

Misture tudo.

Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC durante 30mn, mexendo de 10 em 10 mn.

Deixe arrefecer no tabuleiro e guarde num frasco hermético.

Fácil, não? Coma com leite ou iogurte vegetal, fruta ou guarde numa caixinha na mala para ir depenicando durante o dia!